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13/08/2021 às 01h45min - Atualizada em 13/08/2021 às 01h13min

Quem vê close, não vê corre

A caminhada até a chegada do pódio inspirada na campeã olímpica Rebeca Andrade

Sheyla Ferraz - Editado por Talyta Brito
Reprodução/CNN Brasil
A conquista do pódio requer caminhar pela estrada chamada perseverança. É preciso garra e muito foco, como a ginasta Rebeca Andrade tem feito ao longo da construção de sua carreira como atleta. Nas Olimpíadas de Tóquio 2020, a jovem de 22 anos se tornou um símbolo histórico para o país e sua jornada suscita diversas reflexões, além da representatividade como mulher negra.
Alcançar o pódio não foi uma tarefa fácil, como a qualquer lugar de destaque que queiramos chegar. A honra ao mérito carrega um bastidor de muito suor e lágrimas, vozes de desânimo gritam com insistência e olhar ao redor pode ser uma distração perigosa.  Chegar ao pódio é antes de tudo acreditar em si e mesmo conhecendo seus próprios limites, é superá-los. É caminhar mais uma milha mesmo com os pés já calejados...
Para Rebeca Andrade tudo isto soa muito familiar. Ela rompeu com muitas dificuldades para então subir ao primeiro e terceiro lugar nas Olimpíadas na capital do Japão. Em quatro anos a jovem passou por quatro cirurgias no joelho e mesmo após todo o delicado processo de recuperação, ela se viu pronta para encarar a disputa.
Rebeca respondeu ao site Time Brasil: "Jamais poderia esperar tudo que aconteceu aqui. O atleta de alto rendimento sempre quer ganhar medalhas, mas eu acho que ganhei muito mais que só as medalhas. Eu ganhei a admiração das pessoas, o respeito, eu fiz história. Eu representei um país inteiro.” O trecho da fala também foi replicado no site da Agência Brasil.

A vitória da ginasta foi um dos assuntos mais comentados da internet. Ela deu um orgulho gigantesco para os milhares de brasileiros que a assistiu, aplaudiu e vibrou a sua conquista, sendo a primeira mulher brasileira na história dos jogos olímpicos a ganhar duas medalhas em uma mesma edição de olimpíadas. Sua apresentação artística também abarcou mais o seu sucesso ao finalizar a performance ao som do funk “Baile de favela.”

Em entrevista no portal Uol ela reiterou dizendo: "Essas medalhas não são só minhas. Todas as gerações que já passaram fizeram parte desse processo. Espero que as próximas gerações façam ainda mais sucesso. É igual foguete, gente, só vai para cima."

Não é possível fazer história sem ultrapassar os bloqueios de supostas impossibilidades. Na bagagem da vida carregamos uma mala com muito das nossas dores e superações, das vitórias em triunfos recheadas de determinação. Os julgamentos aparecerão inevitavelmente, mas a forma como lidamos com os opositores conta muito para o final do resultado. Rebeca provou que o impossível é apenas uma questão de opinião.


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