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20/08/2021 às 13h27min - Atualizada em 20/08/2021 às 13h05min

Shows musicais pós pandemia no Brasil: qual será o rumo?

Grandes festivais já anunciaram datas e atrações, previstas para acontecer em 2022

Thamires Trindade - revisado por Jonathan Rosa
Rock in Rio em 2019. (Foto/ Reprodução: Ariel Martini)

A pandemia do Covid-19 mudou e reinventou diversas áreas da sociedade, uma delas foi o ramo de shows e festivais musicais. Diversos cantores e artistas tiveram que cancelar shows e turnês. De acordo com um levantamento de dados, feito pelo Sebrae em abril de 2020, a pandemia afetou 98% do setor de eventos.

Entretanto, agora que a vacinação já está acontecendo em diversos lugares, há grandes expectativas sobre o retorno dos shows. O Rock in Rio, um dos maiores festivais de música do Brasil, anunciou que o evento que estava previsto para acontecer este ano, foi adiado para setembro de 2022 e no dia 10 de agosto começou a confirmar presença de grandes artistas, como Justin Bieber e Demi Lovato, dois grandes cantores do mundo pop.

O Lollapalooza, outro grande festival musical, também já tem datas para shows, que devem acontecer nos dias 25, 26 e 27 de março de 2022. A revista Rolling Stones informou que a edição que aconteceu em Chicago, nos Estados Unidos contou com 385 mil pessoas e 203 casos positivos para a covid. O evento exigiu testes negativos para a doença, uso de máscara e comprovante de vacinação. Ainda não se sabe quais medidas serão tomadas na edição que acontece no Brasil.

O governo do estado de São Paulo anunciou no início de agosto, que a partir do dia 17 eventos sociais, feiras corporativas e museus estavam liberados, sem restrição de horário e público, e deveriam seguir os protocolos de segurança contra o contágio da Covid-19. Já os shows com público em pé, torcidas e pistas de danças permanecem proibidos até o dia 1 de novembro. De acordo com o governo, nesta data todos os eventos serão liberados. Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico afirmou em entrevista ao portal G1, que:

Os eventos passam a ser permitidos em um modelo onde não há restrição de ocupação, mas permanece a restrição de distanciamento. Então, o cálculo de ocupação precisa ser realizado, porque não pode haver aglomeração, e as pessoas precisam estar distanciadas. O uso de máscaras permanece

Entretanto, uma ferramenta criada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (UNESP), que calcula a evolução na pandemia nas cidades do estado de São Paulo, mostra que os casos da variante delta devem aumentar em setembro, segundo matéria publicada pelo G1.

Apesar do Brasil ter atingido a 4ª posição na lista de países que mais aplicam vacina do covid-19, no dia 17 de agosto, o país chegou a 55,58% da população vacinada com pelo uma dose da vacina, porém apenas 24,36% está totalmente imunizado, com segunda dose ou dose única.

Em Santos (SP) aconteceu um evento “teste”, a Expo Retomada foi uma feira de negócios, que teve mais de 1200 pessoas testadas para entrar no evento e 2 casos positivos para covid-19, essas pessoas que testaram positivo foram impedidas de participar. Os protocolos usados para a feira foram: uso obrigatório de máscara em todos os ambientes do evento, verificação de temperatura e testagem rápida para covid na entrada, acesso controlado por meio de QR code e permanência de até 3 horas no evento.

Salvador (BA) é outra cidade que também pretende realizar um evento teste no setor de entretenimento, com shows e está previsto que aconteça na área aberta de um estacionamento, com cerca de 500 pessoas, as quais deverão ter tomado pelo menos uma dose da vacina. Não há uma data definida, mas os organizadores devem fazer testagens nos participantes antes e depois do show. O município ainda não trouxe mais detalhes sobre quais serão os demais protocolos e medidas de segurança, que serão adotados.

Dessa forma, é necessário ainda tomar os devidos cuidados e lembrar que a vacinação é fundamental para todos. Mesmo com grandes shows e festivais sendo anunciados, o futuro ainda é incerto e os casos da variante estão aí para nos lembrar disso.


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