04/09/2021 às 21h00min - Atualizada em 04/09/2021 às 20h49min
American Horror Story: Double Feature faz estreia com dois bons episódios
A antologia traz duas histórias diferentes em uma única temporada
Júlia Victória - Editado por Ana Terra
American Horror Story é um dos êxitos do entretenimento e do gênero de terror. A temporada mais recente até então era AHS 1984, que explorou o universo dos anos 80 e foi inspirada em clássicos como ‘Sexta-Feira 13’, ‘Halloween’ e 'Pânico'. Agora, após idas e vindas causadas pela pandemia da Covid-19, os criadores Ryan Murphy e Brad Falchuk retornaram com uma proposta diferente: a 10° temporada traria duas histórias, sendo uma contada na terra e a outra no mar. Double Feature teve sua sinopse resumida a essa informação das narrativas e manteve o mistério até a estreia dos dois primeiros episódios.
O início desse “dois em um” traz uma família de mudança para Provincetown. A vila localizada em Massachusetts é conhecida por ser o refúgio de muitos artistas. Buscando essa paz, a família Gardner se instala na cidade. Harry (Finn Wittrock) é um roteirista de séries televisivas ultrapassadas. A esposa Doris (Lily Rabe), está grávida e procura inspirações para o trabalho como decoradora. Já a filha do casal, Alma (Ryan Kiera Armstrong), deseja se tornar uma violinista e é obcecada pela perfeição.
A cidade que, inicialmente, parecia um local tranquilo começa a se mostrar ameaçadora e perigosa. Quase sem habitantes, as ruas são ocupadas por criaturas estranhas que perseguem os Gardners logo no primeiro dia de permanência. Harry, Doris e a filha veem sua casa como o único lugar seguro. Com a perseguição e o isolamento, eles não têm outra alternativa e ficam em Provincetown. Harry está em meio a um bloqueio criativo quando se encontra com dois turistas bem peculiares: Belle Noir (Frances Conroy), uma romancista, e Austin Sommers (Evan Peters), um dramaturgo. Eles apresentam ao roteirista a droga sintética “musa”, que seria a solução para a falta de criatividade.
O estimulante realça o talento natural do usuário e aperfeiçoa essa habilidade, levando ao sucesso. Porém, o “efeito colateral” é bem mais arriscado. Se a pessoa que ingerir a droga não tiver talento, ela se transforma em uma criatura chamada “hack” (a mesma que estava perseguindo a família). Contudo, mesmo se houver um resultado positivo, a droga aniquila os elementos essenciais que fluem pelo sistema sanguíneo. Assim, a pessoa se transforma em um vampiro e precisa ingerir o sangue de outros para repor essa substâncias.
É inevitável perceber as inspirações nas obras de Stephen King, especialmente O Iluminado. Em que uma família se muda para um local isolado, cada um com suas peculiaridades. Sendo que um deles é um escritor com sérios problemas de bloqueio criativo, que sofre com as influências do ambiente e de criaturas estranhas.
Double Feature fez uma das melhores estreias de American Horror Story nos últimos anos. A antologia vem de temporadas que alternam entre avaliações positivas e negativas, mas a nova criação de Ryan Murphy agradou ao público e aos críticos. Os episódios têm um ritmo diferente de outras temporadas como Murder House e Asylum, mas se mostram necessários, além de valorizarem as atuações. Como de praxe, Murphy gosta de repetir os elencos. Além dos protagonistas, Leslie Grossman, Angelica Ross, Kathy Bates, Sarah Paulson, Billie Lourd e Adina Porter (presentes em outras temporadas) também marcam presença. O conjunto ainda conta com Macaulay Culkin .
American Horror Story: Double Feature está disponível no Brasil exclusivamente na plataforma Star+.
Referências:
JELIEL, Iann. CRÍTICA | AMERICAN HORROR STORY – 10X01 E 10X02: CAPE FEAR / PALE. Plano Crítico, 2021. Disponível em: . Acesso em: 04 de setembro de 2021.
