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10/12/2021 às 21h18min - Atualizada em 10/12/2021 às 17h30min

METAVERSO: entenda o que é e quais são as promessas futuras para o mundo digital

A expectativa é de que esse novo espaço virtual seja o futuro das interações sociais no mundo digital, onde as diversas tecnologias englobadas pelo Metaverso, proporcionam uma imersão híbrida ao usuário.

Clara Beatriz Ferreira - labdicasjornalismo.com
(Foto: Divulgação/MundoConectado)

Com o anúncio do fundador e diretor do Facebook, Mark Zuckerberg, a chegada do novo espaço virtual, atribuiu a mudança do nome a um contexto de planos da empresa para construir um "metaverso" - um mundo online onde as pessoas podem jogar, trabalhar e se comunicar, muitas vezes usando aparelhos de realidade virtual. 

 

O metaverso é um mundo digital, que une em seu universo virtual, tecnologias de realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA).  Diversas plataformas já experienciam as diferentes funcionabilidades do ciberespaço, entretanto, o ambiente criado pelo metaverso promete investir em uma forma de tecnologia mais ampla, a partir de tecnologias de imersão.

 

Essas evoluções associadas aos meios ligados à internet englobam diversos nichos sociais, como as comunidades on-line, jogos de multiusuários e realidade aumentada, que permitem a troca de conteúdos e informações entre diferentes usuários. Nesse contexto, os efeitos desse espaço virtual se faz presente por toda economia, política e outras dimensões socioculturais.

 

A partir desse ambiente que difunde conhecimento compartilhado e ampliado dentro das redes as experiências compartilhadas se transformam em aprendizagem coletiva, e os usuários desse meio passam a ter acesso a todo tipo de informação na palma da mão devido à praticidade e as diferentes funções de interatividade dentro do ciberespaço. 

Os espaços virtuais que constituem o Metaverso reúnem a utilização de Realidade Virtual, Realidade Aumentada, associada à internet, com aspectos das redes sociais, podendo implementar a utilização de conceitos dos games e criptomoedas.

Dessa forma, grande nomes de desenvolvedoras de jogos como a Epic Games inseriu funcionalidades que dispõem imersões híbridas dentros dos games, tal como, shows de artistas dentro do Fortnite, que reúnem milhões de espectadores, além de jogos como Pokemon Go e Pokemon Unite que utilizam conceitos já citados como parte desse espaço virtual, e exemplos de práticas executadas dentro do Metaverso.

Segundo o plano descrito por Zuckerberg “a Meta vai dialogar com legisladores, especialistas, acadêmicos, sociedade civil e parceiros da indústria para ajudar a dar vida ao metaverso, que funcionará como uma combinação híbrida das experiências sociais online atuais, às vezes expandidas em três dimensões ou se projetando no mundo físico. Não é necessariamente sobre passar mais tempo online, mas tornar mais significativo o tempo que você está online".

A empresa busca criar um mundo virtual onde as pessoas possam construir avatares e se conectarem de qualquer parte do mundo. Será possível ver filmes e shows, praticar exercícios físicos, encontrar amigos, conhecer pessoas, além de permitir ao usuário visitar lojas virtuais em 3D para realizar a compra de produtos.

Mark também declarou que "o metaverso é a próxima evolução em uma longa jornada de tecnologias sociais. A Meta não construirá, não será a dona e nem poderá realizar sozinha o metaverso. A construção do metaverso será similar ao processo que levou à criação da internet, e não ao lançamento de um app individual".

Outro segmento proposto pelo Facebook para o espaço do Metaverso é o Horizons Workroom, que funciona como um espaço de reuniões virtuais onde os avatares podem interagir entre si, criando um espaço colaborativo como se as pessoas estivessem no mesmo lugar.


Mas o Facebook não é a única dentre as grandes empresas de tecnologia que estão desenvolvendo conceitos desse tipo.

A Microsoft comentou recentemente sobre a criação de um "metaverso para empresas", com base no Microsoft Teams, a plataforma de reuniões que se popularizou durante a pandemia. Com ele, segundo a empresa, será possível oferecer espaços virtuais para eventos, reuniões e oportunidades de networking.

"A realidade virtual já está impulsionando programas de formação de vários setores, criando ambientes que seriam caros, perigosos ou limitados no mundo real", segundo seus especialistas em um relatório de 2020.

Acredita-se em uma experiência de imersão e emoção, que pode ser muito mais emocionante que a formação tradicional no local de trabalho, pode estimular a memória e ser muito mais eficaz no aprendizado de novas habilidades e procedimentos.
 

Entretanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido antes dessas promessas serem devidamente postas em prática e finalmente obter o Metaverso materializado.

O ex-engenheiro da IBM Thomas Frey recorda que a infraestrutura da internet, a possibilidade de ter um grande número de participantes interagindo em tempo real, as barreiras do idioma e os problemas de latência (o tempo decorrido para abrir uma página web ao clicarmos nela) são os principais desafios do Metaverso.

Serão necessários computadores e chips de processamento de gráficos e vídeo mais potentes e as companhias mais importantes do setor, como NVIDIA, AMD e Intel, já estão incluídas neles. O desenvolvimento de toda essa tecnologia oferecerá novas oportunidades de negócios para todos os fabricantes de microchips.

Outros meios que prometem passar por transformações são muitos, dentre eles o da educação, o comércio e o trabalho em escritórios e companhias.


 
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