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20/12/2021 às 13h21min - Atualizada em 20/12/2021 às 12h09min

TSE apresenta novo modelo de urnas eletrônicas para as eleições de 2022

Urnas mais modernas e com maior acessibilidade são as principais novidades no sistema de votação

Leonardo Pereira - Editado por Ynara Mattos
TSE
Abdias Pinheiro/SECOM/TSE
Mais moderna, mais segura, as urnas Modelo UE2020 trazem novos recursos de acessibilidade e novidades em termos de segurança, transparência e agilidade. A produção será em larga escala com foco nas placas-mãe da urna.
O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, no balanço das ações do tribunal realizado na sexta-feira (17), citou a preparação das eleições de 2022, os ataques e acusações falsas contra a Justiça eleitoral, além da campanha pelo retorno do voto impresso.

“Ao longo do ano, tivemos que gastar imensa energia debatendo as questões erradas. Discutimos não retornar ao voto de papel quando precisávamos estar discutindo, em matéria eleitoral, a democratização dos partidos, que não podem ter donos ou comissões provisórias eternizadas”, pontuou Barroso.

O modelo de votação em urnas eletrônicas está presente na vida do eleitorado brasileiro há 25 anos e, é exemplo para o mundo em questões de segurança, agilidade e transparência. As urnas brasileiras não possuem acesso à internet ou qualquer software que permita conexão sem fio, o que assegura o sistema de sofrer invasões cibernéticas. Ao longo dos anos, diversas melhorias foram feitas para agilizar a votação e garantir a segurança do voto.

NOVIDADES
As novas urnas contarão com processadores mais ágeis, baterias de longa duração, tela colorida, teclado aprimorado e maior acessibilidade, além da nova aparência desde que foi criada. Apesar de várias mudanças, o novo modelo de mantém o som emitido ao fim da votação, o conhecido “pilili”. 

Além disso, os equipamentos têm teclas com duplo fator de contato, o que permite ao próprio teclado acusar erro, caso haja mau contato ou tecla com curto-circuito intermitente.
Nova urna eletrônica e terminal do mesário, que serão usados pela primeira vez em 2022.

Nova urna eletrônica e terminal do mesário, que serão usados pela primeira vez em 2022.

Foto: Daniela Branches/Rede Amazônica

Já os terminais em que os mesários dão andamento na votação terão a tela completamente sensível ao toque, sem a necessidade de teclas. Ademais, o processamento da biometria ficará ainda mais rápido, o que agiliza todo o esquema de votação.

Os novos equipamentos também contarão com duas grandes novidades em questão de acessibilidade, uma voltada para pessoas com deficiência visual, e outra para pessoas com deficiência auditiva.

Para os eleitores com deficiência visual o recurso de sintetização de voz foi aprimorado. Agora na urna serão falados os nomes do titular e vice da chapa eleitoral, e ainda será possível cadastrar um nome fonético que significa escrevê-lo da forma como é falado, assim evita que o software pronuncie o nome dos candidatos e candidatas incorretamente.

Já para os votantes com deficiência visual, será apresentado na urna um intérprete de libras para indicar quais cargos para votação estão selecionados. O chefe da Seção de Voto Informatizado do TSE, Rodrigo Coimbra, comemora a nova adaptação sugerida por eleitoras.

“Essa foi uma sugestão de duas eleitoras do Mato Grosso do Sul, demonstrando que a Justiça Eleitoral está sempre atenta aos anseios das eleitoras e dos eleitores”, enfatiza.


Tânia Regina Noronha Cunha, servidora aposentada do Tribunal Regional Eleitoral- MS e Jerusa Gabriela Ferreira, advogada da União, são as autoras do projeto.

O QUE NÃO MUDA
  • SEGURANÇA
As urnas permanecem com as mesmas etapas de segurança mantidas. Todas contam com um rigoroso processo de criptografia, assinaturas e resumos digitais, isso garante que somente o sistema e programas desenvolvidos pelo TSE e certificados pela Justiça Eleitoral (JE) sejam executados nos equipamentos; através do Registro Digital do Voto (RDV) todas as informações sobre os votos são embaralhadas numa tabela e isso assegura o sigilo da votação.

Rafael Azevedo, coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, enfatiza que o algoritmo criptográfico utilizado nas urnas (E521 ou EdDSA) é considerado um dos mais apurados atualmente disponíveis.

“Esse algoritmo foi melhorado e é uma das poucas convergências da comunidade de criptografia do mundo”, esclareceu Rafael.

  • TRANSPARÊNCIA
Todo o rito que integra o Ciclo de Transparência Democrática está mantido. Como a cerimônia em que partidos, universidades e entidades públicas inspecionam os códigos-fontes do sistema e dos programas. Todo o conteúdo recebe assinatura digital das autoridades, é lacrado e trancado na sala-cofre do tribunal eleitoral;

Antes do início da votação ocorre a impressão da zerésima (comprovante que mostra que, no início da votação, não há voto registrado na urna para nenhuma candidatura); 

No fim do pleito, são emitidos Boletins de Urna (BUs), com a distribuição de cópias para os partidos e afixação do BU em cada seção eleitoral, de modo a comparar com os dados divulgados no portal do TSE.
  • AUDITORIA
Todas as urnas do sistema eleitoral são auditáveis, antes, durante e após a votação, pelos partidos e instituições fiscalizadoras que integram a Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e pela sociedade em geral;

No dia da eleição, continua a ser realizado o Teste de Integridade em dezenas de urnas que já estavam prontas para uso. Segundo o tribunal, os equipamentos mais antigos a serem utilizados nas próximas eleições são de 2009.

Todos os modelos utilizados registram o voto com legitimidade e respondem aos requisitos de segurança da justiça eleitoral.

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