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20/02/2022 às 12h08min - Atualizada em 20/02/2022 às 12h01min

Café só perde para água em consumo

Mesmo com a maior alta de preço em 25 anos, a bebida é a segunda mais consumida, no Brasil

Pedro Lopes - Editado por: Annally Lima
Foto: Reprodução/Freepik

Uma pesquisa realizada pela plataforma CupomValido.com.br, com dados da Organização Internacional do Café (OIC) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou que o café é a segunda bebida mais consumida no país, atrás apenas da água. O resultado apontou que o brasileiro bebe de três a quatro xícaras do líquido por dia, o equivalente a 5,8 kg por ano. 

De 193 países analisados pela pesquisa, o Brasil é o 14º no ranking de consumo de café. A Finlândia lidera a lista. Por lá, a população bebe mais que o dobro dos brasileiros, algo em torno de 5 a 8 xícaras por dia. Uma das explicações para os finlandeses beberem tanto café é as baixas temperaturas que afetam o país. Noruega, Dinamarca e Islândia, também localizadas em uma das regiões mais frias do planeta, fecham o top 4, como mostra o gráfico abaixo:

Outro dado revelado pela pesquisa é que o café expresso, uma opção pura e mais forte, é o preferido dos brasileiros, seguido pelo café com leite. O cappuccino fica na terceira posição, uma mistura de café, leite, chocolate, noz-moscada e canela. O macchiato (50% expresso e 50% creme de leite) e o café latte (versão encorpada do cappuccino), estão na quarta e quinta posição, respectivamente. 

Com relação à produção de café, o Brasil está no topo do ranking mundial há mais de 150 anos. Cerca de 40% de toda produção mundial vem do país. Os principais estados produtores são Minas Gerais, São Paulo e Paraná. 

Nos últimos 12 meses o produto teve a maior alta em 25 anos no Brasil, um aumento de 40%. Um dos motivos disso está relacionado ao dólar. A saca do café é cotada na Bolsa de Nova York, e a moeda norte-americana é usada como base. Como nos últimos tempos o dólar teve um aumento relevante frente ao real, a consequência é que o preço do café também sofreu um aumento significativo.

O economista Hugo Passos argumenta que a alta do dólar não é o único fator que fez o preço do café subir. As geadas e secas que atingiram as regiões cafeicultoras prejudicaram muito o cultivo do grão. Portanto, com menor safra, menos oferta, consequentemente os preços subiram para atender toda a demanda.



Além de ser saboroso, o café possui em sua composição nutrientes úteis para o corpo. O grão é rico em antioxidantes e outras substâncias biologicamente ativas que ajudam o corpo a liberar energia. Segundo a nutricionista Adriana Silva, a bebida contribui para a prevenção de doenças degenerativas, melhora o desempenho físico, possui um alto poder digestivo, protege as células hepáticas e mantém a pressão arterial estável.

O principal composto do café, a cafeína, reduz a sonolência, a apatia e a fadiga, além de favorecer a atividade intelectual do indivíduo, aumentando a capacidade de atenção, concentração e memória. 

Contudo, é preciso se atentar na quantidade de café ingerido, pois como a bebida reduz os efeitos da produção de adenosina no organismo e retarda a sensação de sono, a frequência cardíaca aumenta e deixa o corpo em estado de alerta. É por isso que, seu consumo em excesso pode trazer nervosismo, batimentos cardíacos acelerados e tremores.

"Recomenda-se que o consumo diário de cafeína para uma pessoa adulta e saudável não ultrapasse 500 mg. O equivalente a 150 a 300 mg/dia, ou dose de 3 a 4 xícaras de 100ml”, conclui Adriana.

A nutricionista também recomenda que o café seja ingerido durante o período diurno, sendo a primeira xícara tomada na primeira hora após o despertar, e as demais, com intervalos mínimos de 2 horas. Após as 15h e 16h (última dose), o cérebro começa lentamente a diminuir sua atividade, quando o ciclo do sono inicia a sua função.

 

 

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