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07/03/2022 às 19h30min - Atualizada em 07/03/2022 às 19h23min

[LISTA] Jogos com protagonistas femininas

No Dia Internacional da Mulher, listamos exemplos representativos dentro de um universo que ainda necessita de mais diversidade

Luann Motta Carvalho - Editado por Ana Terra

Apesar de estar inserido em um caráter comercial nos tempos atuais, o Dia Internacional da Mulher é uma data para reflexões. Prossegue a busca por igualdade de condições na luta contra o
 paradigma estabelecido pela sociedade, enquanto as conquistas relembradas inspiram a continuidade do movimento.

Nesse sentido, a padronização no universo midiático e audiovisual é consequência dessa construção estrutural da sociedade. Com isso, as mulheres continuam reivindicando seus direitos por mais espaço no círculo gamer, visto que o nicho dos videogames é conhecido por ser um ambiente ainda muito homogêneo e discriminatório. Felizmente, esse cenário vem sendo alterado e a cobrança por representatividade e diversidade só cresce.

E seguir crescendo é preciso. Assim, nesse 8 de março, vamos relembrar alguns jogos que ficaram conhecidos por suas protagonistas femininas.

(Obviamente, não vai ser possível citar todos os exemplos. Então, as menções honrosas de personagens femininas vão para alguns símbolos como Zelda, Peach e Chun-Li, que apesar de serem mais estereotipadas, também possuem um grau de importância).

Se liga na lista abaixo!
 
Metroid – Samus Aran

Metroid é mais um dos grandes clássicos da Nintendo e um dos jogos mais influentes da história, ao ponto de influenciar na construção do gênero Metroidvania. O game foi lançado em 1986 para o NES – conhecido como Nintendinho no Brasil.

O jogo também ficou marcado por apresentar a caçadora de recompensas Samus Aran, uma das primeiras protagonistas femininas da história. A personagem pode ser considerada uma das pioneiras na questão da diversidade no universo gamer e sua criação foi influenciada por outra figura icônica da cultura pop: Ellen Ripley, da franquia Alien. Isso pode ser evidenciado até no próprio enredo de Metroid, que possui semelhanças com a saga desenvolvida por Ridley Scott.

Claro, apesar da sexualização de Samus, em partes bônus de Metroid, não há como negar que a personagem foi muito importante para o crescimento feminino nos jogos. Afinal, atuando no planeta Zebes com sua armadura Power Suit, Samus passa longe de representar o estereótipo de donzela indefesa.

Horizon – Aloy

Já falamos aqui antes sobre a qualidade de Horizon, que conta com dois excelentes títulos: Horizon: Zero Dawn e o mais atual Horizon: Forbidden West.

E assim como foi pontuado no texto sobre o jogo, um dos melhores aspectos de Horizon é a sua personagem principal. Forte, determinada, sarcástica e, ao mesmo tempo, muito empática, Aloy é uma das grandes figuras da Sony e um símbolo para a representação feminina nos videogames.

No decorrer das descobertas em um mundo ambientado no futuro, mas sem os conhecimentos do passado, a história desenvolvida em torno de Aloy tem seus pontos devidamente amarrados e os seus ideais são inspiradores.

The Walking Dead - Clementine

A franquia do apocalipse zumbi também tem sua ponta nos jogos. The Walking Dead: The Game foi lançado em 2012 e desenvolvido pela Telltale Games. A história é centrada em Lee Everett, mas também traz a pequena Clementine. Com isso, o enredo ganha força na união entre os dois personagens em meio ao caos que ocorre naquele mundo.

Mesmo sendo muito jovem, Clementine salva Lee em diversas ocasiões da história. Conhecida como Clem, a garota aprendeu a conviver em um mundo apocalíptico e vai se tornando cada vez mais forte, habilidosa e madura nas passagens de tempo entre os jogos. No entanto, Clementine sempre procura manter seus ideais com os valores que lhe foram ensinados.

Além de ser uma personagem feminina simbólica, Clementine também se destaca por ser uma figura marcante da representatividade negra no mundo gamer.

The Last of Us: Part II – Ellie e Abby

Certamente você estava esperando por The Last of Us na lista. No primeiro título da franquia, Ellie é a protagonista ao lado de Joel e o laço construído entre os personagens em meio à desordem do mundo apocalíptico é a ponte para o grande sucesso do game.

Em The Last of Us: Part II, Ellie divide o protagonismo com a rival Abby, em uma narrativa impactante e por vezes, agoniante – num bom sentido. Assim como ocorre em The Walking Dead, o jogo traz uma personagem que vai se transformando enquanto o tempo vai passando. Ellie já era uma protagonista determinada no primeiro game, mas sua personalidade é ainda mais forte e decidida na segunda parte da história, quando suas ações chocam com as atitudes de outra personagem feminina igualmente firme em suas decisões.

Ellie também é uma representante do grupo LGBTQIA+ e isso foi desenvolvido desde The Last of Us: Left Behind, o prelúdio da 
primeira parte da saga.

Final Fantasy VI – Terra Branford

Bem, não é fácil mencionar Final Fantasy sem citar as inúmeras personagens femininas que passaram pela franquia, desde o lançamento do primeiro título, em 1987. No entanto, somente algumas dessas personagens são as protagonistas da série principal da saga japonesa.

Nesse sentido, apesar de Yuna, Serah e Lightning serem personagens femininas interessantes, a história mais marcante é de Terra Branford. Embora seja dito que Final Fantasy VI não tenha um “protagonista oficial”, Terra é a figura de maior destaque do título. As ocasiões antecedentes moldam as ações da heroína e exibem uma trajetória cativante e envolvente.
 
Tomb Raider – Lara Croft

O primeiro jogo da franquia Tomb Raider foi lançado em 1996 e desde então, surgiram vários outros títulos com a protagonista Lara Croft, uma personagem determinada, inteligente e aventureira. Tanto Lara quanto a própria história do game foram inspirados em Indiana Jones.

Antes do redesign no futuro, os traços de Lara foram bastante sexualizados nos primeiros jogos, sendo algo que irritou até mesmo o criador da personagem, Toby Gard. No entanto, a arqueóloga também atraiu o público feminino devido à sua independência e a personalidade forte.

Tomb Raider foi um estouro na época e um dos primeiros jogos que inovaram com os gráficos 3D, algo que ainda era recente no período. Com o sucesso, Lara se tornou um dos grandes ícones femininos dos videogames – status mantido até hoje.

Life is Strange – Max, Chloe e Alex

Como ocorre em Final Fantasy, Life is Strange também possui diversas personagens femininas e se tornou um grande símbolo de representatividade gamer. No primeiro título, Max Caulfield é a protagonista da história, em um jogo de ações e consequências originadas pelo poder de Max: a possibilidade de voltar no tempo.

Depois do sucesso de Life is Strange, foram lançados mais dois jogos da franquia com duas protagonistas femininas: Life is Strange: Before the Storm, uma prequel da história principal com a melhor amiga de Max, Chloe Price (e namorada de Rachel Amber), e Life is Strange: True Colors, que conta a jornada de Alex Chen.

Resident Evil – Jill Valentine e Claire Redfield

Se o gênero do terror se tornou popular nos jogos, Resident Evil é um dos games responsáveis por esse feito, ao iniciar sua trajetória em 1996. E a popular saga de survival horror também conta com suas protagonistas femininas: Jill Valentine e Claire Redfield.

Equilibrada e direta, Jill é a personagem principal do primeiro título ao lado de Chris Redfield, na missão da força-tarefa S.T.A.R.S na cidade de Raccoon City. Ela também protagonizou Resident Evil 3, Resident Evil: Revelations e fez outras aparições marcantes, como em Resident Evil 5.

Claire é a protagonista de Resident Evil 2 junto do personagem Leon, além de estar presente em outros títulos. Por ser irmã mais nova de Chris, ela aprendeu a manejar armas e se tornou uma ativista que combate as atividades do bioterrorismo.


REFERÊNCIAS:
“Dia Internacional das Mulheres: confira 24 heroínas marcantes dos games!”. VOXEL. Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/voxel/203269-dia-internacional-mulheres-confira-24-heroinas-marcantes-games.htm>. Acesso em: 7 de março de 2022.
MACALOSSI, Julia. "25 anos de Tomb Raider: desbravando o legado de Lara Croft". THE ENEMY. Disponível em: <https://www.theenemy.com.br/playstation/25-anos-de-tomb-raider-desbravando-o-legado-de-lara-croft>. Acesso em: 7 de março de 2022.
MIYAZAMA. Pablo. “As 20 mulheres mais poderosas dos games”. IGN. Disponível em: <https://br.ign.com/retro/59551/feature/as-20-mulheres-mais-poderosas-dos-videogames>. Acesso em: 7 de março de 2022.
SOUSA, Luana. “Protagonismo feminino na história dos games no decorrer dos anos”. THE FEMINIST PATRONUM. Disponível em: <https://www.thefeministpatronum.com/post/protagonismo-feminino-na-hist%C3%B3ria-dos-games-no-decorrer-dos-anos>. Acesso em: 7 de março de 2022.
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