A Covid-19 trouxe diversos problemas, entre eles o isolamento, adotado para evitar o contágio e propagação da doença. Com isso, muitas pessoas tiveram que mudar a sua rotina de trabalho para home office, e até mesmo a educação teve que trocar as suas aulas presenciais por aulas remotas.
Assim, os professores que antes estavam acostumados com uma rotina, tiveram que se reinventar e se adaptar a uma nova forma de ensinar por meios de aulas online, sem o acompanhamento lado a lado do aluno.
Essa mudança não foi fácil para esses profissionais, pois além de terem que utilizar ferramentas que para muitos ainda eram desconhecidas, tiveram que se dividir entre a rotina escolar e também o convívio familiar durante o expediente escolar remoto.
Alguns professores relatam que houveram muitas dificuldades ao utilizar de tecnologias para ministrar as aulas, mas a principal dificuldade foi o fato de muitas vezes serem cobrados, seja pela própria escola de trabalho, como também pelos alunos e pais que também estavam se adaptando a esse momento. Outro ponto desafiador foi o medo de ensinar por meio de aulas gravadas ou ao vivo por câmeras.
Exaustão emocional e falta de valorização
Bem antes da pandemia, os professores já sofrem com a falta de valorização referente ao seu trabalho. Contudo, com a paralisação das aulas presenciais e o novo formato remoto e online, essa desvalorização tornou-se ainda maior, sejam pelas políticas públicas, pelas escolas onde esses profissionais trabalham, como também por alguns pais de alunos, que criticaram a forma de ensino de cada professor. Assim como ocorria muitas cobranças em cima desses profissionais.
Certamente a desvalorização, cobrança e também saber lidar com as aulas em casa junto com o convívio familiar trouxe uma exaustão emocional para cada professor. Onde fingir normalidade da situação vivida no país e como a rede de ensino exigia dos educadores como o cumprimento do calendário de atividades e conteúdo, a avaliação do aprendizado de cada aluno e diversos documentos para preencher referente às aulas.
O horário de trabalho dos professores também foi prejudicado. O atendimento que, antes, era apenas durante o período em que estavam na escola, agora passa a ser quase 24 horas por dia. Seja para tirar dúvidas de alunos via Whatsapp, seja enviando relatórios para as escolas sobre a situação de cada aluno ou para planejar, criar e ministrar os conteúdos de cada aula. Isso significou uma maior jornada de trabalho e um desgaste físico e mental.
É importante ter empatia por esses profissionais e valorizar o trabalho de cada um
É necessário que ocorra uma valorização maior por parte da rede de educação, como também pelos pais dos alunos. Onde a empatia deve prevalecer e entender que cada professor também é um ser humano, que além de professor é um pai ou mãe, e que tem uma suas necessidades pessoais e familiares. Entender que esses profissionais também tiveram que se adaptar a essa nova realidade e que nem sempre é fácil.