Eliana chega em casa cansada do trabalho e é recepcionada por uma peludinha que abana a cauda e pula. Ela se abaixa para brincar com “sua menina”, que se deita de barriga para cima e, manhosa, recebe os carinhos da mãe humana. Luna a faz esquecer o cansaço de uma semana de reuniões intermináveis.
A cachorra criada pela personagem deste texto é o símbolo do afeto que os animais de estimação representam. Cuidar deles é responsabilidade coletiva, que vai desde tutores e se estende pela consciência de toda a sociedade. Esta é a missão defendida no Abril Laranja.
A sigla da instituição idealizadora do Abril Laranja - ASPCA -, que está no inglês e significa Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade a Animais, resume a mensagem da campanha. É um mês para conscientizar e alertar para os maus-tratos e a crueldade contra os bichinhos. Alertar sobre a violência, a irresponsabilidade. Animais domésticos, silvestres, exóticos. O Abril Laranja existe para lembrar que eles são vítimas dos humanos.
Em 2006, nos Estados Unidos, surgia timidamente uma campanha que seria adotada em vários países ao redor do globo. Países engajados na luta contra as violências, o abandono e a falta de cuidados adequados com os bichinhos. O Abril Laranja convoca a sensibilidade das pessoas. O mínimo de sensatez para que entendam o quão inaceitável é a crueldade animal, em termos legais mas em humanos também.
É neste sentido que se desenvolvem - há tempos - leis de crimes ambientais que amparam os animais e que lhes protegem. Que penalizam corretamente os agressores e trabalham pelo resgate de animais em situações nas quais eles não deveriam estar. Em uma sociedade que faz pouco caso deles, iniciativas afins ao Abril Laranja cobram uma postura séria e responsável. Bom mesmo seria se todos os meses do ano fossem "alaranjados".