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29/08/2023 às 08h47min - Atualizada em 29/08/2023 às 09h22min

Jão encerra ciclo com “Super” e evidencia sua evolução como compositor de boas músicas

O artista teve cerca de 8 milhões de reproduções em 24 horas, consolidando-se como a estreia mais notável de um artista em 2023

Gean Rocha - Revisado por Flavia Sousa
Jão encerra ciclo com "Super" e se consagra como um dos maiores nome da música pop brasileira. Foto: Reprodução / Divulgação

Super é o quarto álbum de estúdio de Jão e já chegou aclamado pelo público e conseguiu atingir inédito ponto de coesão em sua discografia, encerrando um ciclo de quatro álbuns, denominado pelo próprio artista, pelos elementos terra (Lobos, 2018), ar (Anti-herói, 2019), água (Pirata, 2021) e fogo (Super, 2023).

 

O álbum pop composto por 14 faixas é o resultado de um caminho de autoconhecimento, amor-próprio, sexualidade e resultados incanceláveis, mas alcançados com muita autenticidade e trabalho. Um encontro de sonoridades, citações e respostas.

 

Para o intérprete de “Idiota” seus álbuns são documentos e que para cada artista significa uma coisa e, que, para ele, são documentos da sua vida e que “Super” contará quem ele seria, em quem ele se transformaria.

 

 

Com um álbum dividido em lado A e B, o menino do interior de Américo Brasiliense se mostra com um turbilhão de emoções, histórias e lembranças que carregou até aqui. “SUPER” é uma caminhada. Ele acompanha um enredo com uma nova perspectiva, mais madura e ambiciosa sobre a forma como Jão enxerga as suas experiências.

 

Jão canta sobre sexo, bissexualidade, tesão e sentimentos intensos, com letras honestas e certeiras nas sete primeias faixa do álbum, lado A. Nas últimas sete, lado B, o artista traz músicas que soam como desabafos intensos, que flertam com seus projetos anteriores.

 

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Super é a descrição mais fiel para descrever o momento que Jão está vivendo, não apenas em termos de estrutura e dos espaços estratosféricos que, hoje, o artista pode ocupar, mas também no que se refere à grandeza e maturidade do que ele expressa, em sua arte.

 

O álbum é a um bom e velho diário de memórias, no qual o cantor nos aproxima de relações ruins e aquelas que não deram tão errado assim, através de um nível de detalhamento e descrição que exala uma perfeita ambientação e nos permite visualizar todas as cenas.  

 

Durante dois anos foram pensadas letras que é possível encontrar um Jão que já está anestesiado após tantos corações partidos - dele e dos outros - e desilusões amorosas. É de tanto sentir tudo, que agora ele repete múltiplas vezes que não sente nada. A voz de “Alinhamento Milenar” reflete que toda essa ‘casca’ não passa de um mecanismo de defesa de alguém que não quer se sentir mal. 

 

Neste álbum, Jão conclui que chegou a hora de encarar de frente todos esses sentimentos, e se diz pronto para viver tudo o que vier até ele – o que se evidencia no super elogiado trailer do álbum. “Eu disse tanto que queria incendiar. Finalmente, chegou a hora”, ressalta Jão.

 

Trailer de divulgação de "Super", quarto álbum de estúdio do Jão. (Reprodução: Jão - YouTube)
 

Com um planejamento estratégico que se desenrolam por pelo menos 5 anos, fazem de Jão um case único na cena musical nacional, uma vez que não é tão comum vermos artistas se apropriando de uma narrativa de forma continuada e tão longínqua. “SUPER” confirma que, desde o início de sua carreira, Jão definiu que contaria uma história com começo, meio e fim, o fazendo com êxito ao longo de quatro discos. Agora, chegou a hora de o público resistir às chamas e acompanhar o desfecho.

 

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