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01/08/2019 às 12h05min - Atualizada em 01/08/2019 às 12h05min

O multifacetário universo do Funk

Os funkeiros e o empreendedorismo no funk

- Marcos Nascimento
Reprodução: instagram (todas)
O estilo musical surgiu na década de 60 através da música negra norte-americana, mas que o Brasil ao longo do tempo adotou como “seu”. Além de não ficar de fora das playlists das festas, hoje, também o funk não fica de fora do line-up dos eventos mais requisitados do país, e até mesmo das que acontecem no meio internacional. Um grande exemplo disso é a presença da cantora Anitta na grade da oitava edição do Rock in Rio Lisboa (2018). Ela também se apresentará no mesmo festival em outubro deste ano no Rio de Janeiro. Aliás, Anitta é a maior representante do estilo brasileiro em projeção para o mundo.
 
Anitta na gravação do clipe da música "Muito Calor", em parceria com Ozuna.

“Na madruga boladona, sentada na esquina? Não mais! Quando se fala de funk hoje em dia, é imprescindível pensar em empreendedorismo. Sim! Empreender no estilo musical é cada vez mais comum nas comunidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Para se ter uma ideia, quando um MC é lançado, é também empregado (diretamente) um produtor, ocasionalmente duas ou mais dançarinas, DJ, seguranças e quem sabe até um motorista. Sem falar da movimentação dos grandes e já tradicionais bailes que acontecem nas favelas, como o famoso Baile da Gaiola, Baile do Helipa, Baile da Furação 2000, dentre outros.  Nisso já são empregadas também, mais profissionais como operadores de som, de luz, seguranças do evento, a galera que trabalha na bilheteria, no bar… Aposto que você não imaginava que o estilo tão dançante também movimenta capital nas comunidades, bem como gera emprego para quem necessita; além, de ser um grande meio de diversão para quem vive ali.
 
Não tem como falar de empreendedorismo musical sem falar de Anitta, que em abril de 2018 palestrou sobre esse mesmo tema na Havard. Diretamente do subúrbio do Rio de Janeiro, para o gosto da galera, Larissa de Macedo Machado é técnica em administração e já trabalhou em empresas como a Vale do Rio Doce. Meio controverso, não? Claro que não! Segundo ela, a formação a ajudou a trilhar a brilhante e consolidada carreira nacional que a mesma tem. Anitta sempre quis tomar as rédeas, sobre a sua carreira, e em 2014 o fez, portanto, e no final deste mês de julho, anunciou que após 5 anos gerindo sua própria carreira, passaria tal responsabilidade a um empresário de for do país. É uma artista completa, se adapta a qualquer situação e ate mesmo a qualquer língua, não é a toa que domina brilhantemente o inglês e o espanhol. A poderosa já foi até jurada do The Voice México. Isso tudo carregando o pop/funk brasileiro nas costas. Ainda não satisfeita, em abril deste ano lançou o Kisses, seu álbum visual com 10 faixas e 3 línguas diferentes, que conta com as parcerias de artistas como Caetano Veloso, Ludmilla (que também é funkeira) e do rapper estadunidense Snoop Dogg.

Anitta, Ludmilla e Snoop Dogg na gravação do clipe

Anitta, Ludmilla e Snoop Dogg na gravação do clipe


Na imagem: Anitta, Ludmilla e 
Snoop Dogg na gravação do clipe de Onda Diferente. 
Larissa também cantou no encerramento da Copa América no Maracanã em julho deste ano. Tendo em vista essa pequena parte dos trabalhos da cantora, é de se esperar que a mesma conquiste o mundo com o seu carisma e seu talento inigualável. Uma grande prova disso, é uma série de shows que está programada para acontecer no final de julho e começo de agosto. A mini turnê estreará no Tomorrowland da Alemanha no dia 27, e encerrará em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Com toda essa representatividade, o movimento musical ganhou seu merecido respeito e espaço no mercado fonográfico brasileiro, ou poderia se dizer, mundial?

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