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07/02/2024 às 23h58min - Atualizada em 07/02/2024 às 23h48min

Entenda os desfiles das escolas de samba do grupo especial do Rio no carnaval de 2024

Catharinna Marques - Revisado por Paola Pedro
(Reprodução/TV Globo)

Palco de históricos e tradicionais desfiles, a Marquês de Sapucaí completa 40 anos neste carnaval. E para fazer jus à celebração, escolas de samba do Grupo Especial, a elite do carnaval carioca, prometem inovar e trazer surpresas para o público e para os jurados. Dividido em duas partes, seis escolas se apresentaram neste domingo (11) e as outras seis desfilam nesta segunda (12), a partir das 22h.

Os ingressos para os setores mais acessíveis já estão esgotados. Os foliões que ainda desejam aproveitar uma das maiores festas culturais do Brasil terão que optar pelos camarotes. Os valores para os espaços destinado aos patrocinadores da grande festa podem ultrapassar 5 mil reais. De olho na movimentação econômica, Marcelo Freixo, o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (
Embratur), estima receber cerca de 200 mil estrangeiros na cidade, oque renderia aproximadamente 4 bilhões de reais, de acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro.

Show de luzes



Com sambas-enredos bastantes diversos, a valorização das culturas afro-brasileira e indígenas se faz cada vez mais presente nas canções com o passar dos anos. Acompanhada de letras políticas que ora homenageiam ora denunciam violações aos direitos humanos, a Sapucaí conta com um elemento especial: o show de luzes. Implementada desde o carnaval de 2023, o sistema de iluminação na avenida está disponível para que cada escola, ao seu próprio gosto, abuse da ousadia e da criatividade para mostrarem para o que vieram.
 
1º dia de desfile do Grupo Especial: entenda os sambas-enredo que já passaram pela Sapucaí

Porto da Pedra: "Lunário Perpétuo: a profética do saber popular"
Após 12 anos, a Unidos do Porto da Pedra, escola de São Gonçalo, está de volta ao Grupo Especial do carnaval carioca e levou para a avenida a discussão sobre o conhecimento popular. Sob o nome de “Lunário Perpétuo: A Profética do Saber Popular”, a atual campeã da Série Ouro, apresentou no Sambódromo a história de um Almanaque medieval espanhol trazido para o Brasil no século XIV.


Beija-Flor: "Um delírio de carnaval na Maceió de Rás Gonguila"
A tradicional escola de Nilópolis homenageou as belezas de Maceió, ao mesmo tempo que resgata a ancestralidade africana ao contar a história de Rás Gonguila, considerado em sua época como “o rei dos carnavais”, etíope descendentes de uma realeza. A agremiação azul e branco levou para a Marquês de Sapucaí o samba-enredo “Um delírio de carnaval na Maceió de Rás Gonguila”, que apresenta a capital de Alagoas com uma raiz no mundo do samba.
Salgueiro: "Hutukara"
Acadêmicos do Salgueiro segue uma linha denuncista, que busca expor as violências as quais o povo Yanomami está exposto pela exploração ilegal do garimpo em seus territórios. O enredo fala sobre “Hutukara”, que quer dizer “parte do céu que se formou a terra”.
Grande Rio: "O Nosso destino é ser Onça"
A escola de Duque de Caxias apostou na versatilidade da figura da onça e seus significados na literatura brasileira. Ao escolher o animal para ser o centro do samba-enredo, a Grande Rio tem como fundamento os escritos de Alberto Mussa em “Meu destino é ser Onça” (2011).
Unidos da Tijuca: "O Conto de Fados"
Já a escola tijucana vem para a Sapucaí apostando nas tradições portuguesas. A história que o Unidos da Tijuca pretende mostrar na avenida tem como base a literatura e a cena popular musical do país, por meio dos fados. A agremiação apostou em “O Conto de Fados”.  
Imperatriz Leopoldinense: "Com a sorte virada para a Lua segundo o testamento da Cigana Esmeralda"
Já encerrando a noite de desfiles do primeiro dia, a atual campeã do carnaval carioca apostou no samba-enredo “Com a sorte virada para a Lua, segundo o testamento da Cigana Esmeralda”, que é uma inspiração de um livro de Leandro Gomes de Barros.  
2º dia de desfile: veja as apostas das escolas para as apresentações no sambódromo
 
Mocidade Independente de Padre Miguel: "Pede caju que dou... Pé de caju que dá!"
A agremiação verde e branco, da Zona Oeste do Rio de Janeiro, traz para a Sapucaí a história do Caju, fruta crítica bem a cara do verão em "Pede caju que dou... Pé de caju que dá!".
 
Portela: "Um defeito de cor"
Uma das mais tradicionais escolas de Madureira, conta os caminhos percorridos por Luiza Mahin, sob a perspectiva da obra da escritora Ana Maria Gonçalves em “Um defeito de cor”.
 
Vila Isabel: "Gbalá: Viagem ao templo da criação"
Ao ter o passado como inspiração para a construção de um futuro, a agremiação aposta no desenvolvimento de uma nova realidade para as gerações mais novas. O samba-enredo “Gbalá: Viagem ao templo da criação”, uma reedição do samba de 1993, valoriza o conhecimento como motor propulsor de uma transformação social rumo ao planeta mais justo.
 
Mangueira: "A negra voz do amanhã"
A cantora Alcione vai ser homenageada em vida pela sua escola do coração, a verde e rosa. Em referência ao estado natal da artista, a escola vai apostar na valorização desse território e na genialidade artística da Marrom, um dos grandes nomes da música brasileira. O enredo é “ A negra voz do amanhã”.
 
Paraíso do Tuiuti: "Glória ao Almirate Negro"
A Paraíso do Tuiuti dá continuidade às homenagens a grandes personalidades negras do Brasil na noite do segundo dia de desfile. A escola de São Cristóvão recorda a importância e os feitos históricos do marinheiro João Cândido pela população negra brasileira, sobretudo, contra os abusos de superiores no contexto que deu origem a Revolta da Chibata. O enredo é “Glória ao Almirante Negro”.
 
Unidos do Viradouro: "Arroboboi, Dangbé"
Ao fechar os desfiles do Grupo Especial, a agremiação de Niterói vai para a Sapucaí com o enredo “Arroboboi, Dangbé”, que fala sobre a força da cultura vodum.
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