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04/03/2024 às 06h15min - Atualizada em 12/03/2024 às 19h04min

Berlinale 2024: conheça o Festival Internacional de Berlim e quais produções brasileiras marcaram presença no evento

Ao lado dos Festivais de Cannes e Veneza, Berlinale se destaca pelo forte apelo de protestos políticos durante os dias da premiação

Catharinna Marques - Revisado por Nildi Morais
(Foto/Reprodução: site oficial).

A 74ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim aconteceu entre os dias 15 a 25 de fevereiro. Conhecido popularmente como “Berlinale”, o evento tem origem nos períodos da Guerra Fria, em 1951, momento que a Alemanha era dividida. Berlinale surge com a proposta de ser um evento de trocas culturais entre cineastas e críticos da indústria ao redor do mundo. A premiação tem como um importante elemento o apoio às causas sociais.
 
O festival traz a participação do público como um grande diferencial. É possível comparecer a algumas sessões com a compra de ingressos disponíveis. Cinéfilos podem assistir às exibições de filmes e ainda participarem de uma conversa com o elenco, diretores e produtores de certos curtas ou longa-metragem que foram indicados à premiação. A atmosfera do festival é marcada pelo encontro de diferentes culturas e pelas trocas de conhecimento entre aqueles que movimentam o mundo do cinema de diferentes partes do globo.
 
Entenda a estrutura do festival:


 

A Berlinale é organizada por oito categorias de premiação e os vencedores de cada uma são premiados com os cobiçados ursos de ouro ou de prata. Dentre as seções premiadas estão: Competition (a principal), Berlinale Special; Berlinale Shorts; Encounters; Panorama; Forum & Forum Expanded; Generation; Retrospective e Berlinale Classics & Homemage.


 

Nesta edição, quem levou o Urso de Ouro para casa foi Dahomey, da diretora Mati Diop. O longa, considerado o Melhor Filme, retrata a história de retorno ancestral de tesouros do Reino de Daomé, saqueados por colonizadores, à terra de onde pertenciam, no que se pode considerar hoje o Benin.
 

Brasil na Berlinale:
 
As produções brasileiras também marcaram presença na 74ª edição do Festival Internacional de Berlim. Betânia, do diretor Marcelo Botta, concorreu na categoria Panorama. A trama conta a história de uma mãe que busca superar os desafios da vida ao ter que cuidar sozinha da família. A história se passa no Maranhão e narra o dia a dia de Betânia, uma experiente parteira que perdeu o marido e busca força para se reconstruir e seguir adiante.
Dormir de olhos abertos é outra co-produção brasileira em parceria com Argentina, Alemanha e Taiwan, e foi desenvolvida por Nele Wohlatz. O longa-metragem concorreu na categoria Panorama e traz as mudanças em uma comunidade e aborda os dilemas de pertencimento estrangeiro dos protagonistas.
Em formato de curta-metragem, Quebrante, de Janaina Wagner e Lapso, dirigido por Caroline Cavalcanti também marcaram presença na Berlinale.
 
Palco de manifestações políticas:

A tradição histórica de protestos no Festival Internacional de Berlim se manteve. Cineastas, atores e cinéfilos utilizaram-se da visibilidade da premiação para enviar recados a nível mundial de combate ao racismo, contra o avanço da extrema-direita e também para relembrar casos de prisões políticas e assassinatos que aconteceram por causa de motivo de ódio, como o atentado em Hanau, na Alemanha, que ocorreu em 2020. A guerra entre Israel e Hamas e a disputa pela Faixa de Gaza também foi citada no decorrer da Berlinale.

 
 

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