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22/08/2019 às 09h55min - Atualizada em 22/08/2019 às 09h55min

Equipe sub-18 do Queens Park Rangers abandona jogo após sofrer racismo

Time inglês pede providências à UEFA

Amanda Mendes - Editado por Paulo Octávio
Foto: Getty imagens Bola da Premier League com mensagem anti-racismo
A equipe sub-18 do Queens Park Rangers, time que disputa a segunda divisão na Inglaterra, decidiu abandonar o gramado após ofensas racistas dos jogadores do Nervión (Espanha) que imitaram macacos. Ordem  foi dada pelo técnico Paul Furlong. O incidente aconteceu enquanto as equipes jogavam um amistoso de pré-temporada. O clube pediu que a UEFA tome providências e divulgou um comunicado dizendo que a ação dos atletas estava de acordo com o protocolo discutido ao longo da sessão de igualdade e diversidade com os ativistas da campanha antirracismo “Kick It Out” (Chuta pra fora). “Tomamos uma posição muito forte contra o racismo e não toleramos que um dos nossos jogadores seja submetido aos comentários desprezíveis vivenciados”, relatou o chefe executivo da equipe londrina, Lee Hoos, em entrevista ao portal ESPN. Hoss também fez um pedido á associação europeia de futebol para que a entidade tome providência: “Infelizmente, parece que alguns países têm um longo caminho a percorrer a respeito disso e peço á UEFA que tome as medidas mais duras possíveis, já que incidentes desta natureza estão a acontecer com demasiada frequência”, Disse Lee, segundo o portal ESPN.

Por se tratar de um amistoso internacional, a autoridade responsável do assunto é a FIFA, mas a entidade ainda não se pronunciou sobre o caso. No mês de julho, a FIFA divulgou um novo código disciplinar que permite os árbitros suspenderem um jogo de futebol em circunstância de discriminação racial, eles podem até mesmo encerrar a partida e atribuir a derrota ao time que cometeu o ato preconceituoso. A federação Internacional deixou o código disciplinar mais rigoroso. O tempo de suspensão para jogadores e outros responsáveis que se envolvam em abusos racistas subiu de cinco para dez jogos. A Federação também criou painéis de juízes para ouvir as vítimas.

De acordo com relatório da Kick it Out, organização que promove a igualdade e luta contra a discriminação, os relatos de vítimas de racismo no futebol inglês cresceu 43% na última temporada em relação a anterior. Incidentes de discriminação em geral pularam 32%  (de 319 para 422), revelando o quanto o futebol precisa fazer para combater o preconceito. Segundo a BBC, é o sétimo ano consecutivo em que há aumento. Incluindo ofensas por redes sociais. O total chegou a 581, um aumento de 12% em relação á temporada anterior. 
“O futebol reflete a sociedade em que ele é jogado e assistido, e esses números infelizmente não são surpreendentes”, acrescentou Roisin Wood, chefe do Kick it Out, ao Guardian.

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