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02/10/2019 às 13h49min - Atualizada em 02/10/2019 às 13h49min

Com apenas 19 anos, Alison Brendom já é destaque no atletismo

Jovem brasileiro teve o segundo melhor tempo entre os semifinalistas do Mundial, que acontece em Doha, Catar

Lúcia Oliveira - Editado por Paulo Octávio
Wagner do Carmo/CBAt
Natural de São Joaquim da Barra, (351 KM de São Paulo), Alison Brendom Alves dos Santos fez do esporte a sua vida desde muito cedo, mais precisamente aos 14 anos, quando decidiu que faria do atletismo a sua profissão. Ainda inexperiente, o adolescente conquistou, além de uma medalha no Brasileiro Mirim de Atletismo, uma bolsa atleta. Esse foi o primeiro de seus muitos sonhos que se concretizou.

Outra vontade de Alison era conseguir uma marca que o levasse ao Mundial adulto de Atletismo. Para ele, ainda que isso parecesse algo difícil de acontecer em sua carreira, a fé e a perseverança o acompanhavam. Foi carregando esses sentimentos que o jovem chegou à parte mais alta do pódio do Grande Prêmio Brasil de Atletismo, com a marca de 48s84. Este foi o terceiro melhor tempo do ranking mundial e a quinta melhor marca brasileira. Além disso, essa marca  também lhe rendeu uma vaga no mundial de Doha, deste ano, nos 400 metros com barreiras, a sua especialidade. Por lá, Alison foi à final dessa categoria. Depois de conseguir a segunda melhor marca entre os semifinalistas, com 48s35, Brendom
 fez 48s28 e quebrou seu próprio recorde. Apesar disso, o jovem acabou em 7º lugar na prova. Isso não alterou o fato de que ele é o quinto colocado no ranking mundial e atual vencedor dos Jogos Pan Americanos de Lima 2019. Em entrevista ao SporTV, declarou que

“Foi uma prova incrível. Fico muito feliz com o resultado. Ficou um gostinho de quero mais. Não exatamente de medalha, mas de resultado. Sei que poderia ter ido melhor, vamos ver agora em Tóquio, no ano que vem. Muito treino, muita disciplina e tentar evoluir ao máximo.  No atletismo, não é a gente que escolhe a prova. É a prova que nos escolhe.”

 

Imagem: Jewel Samad/AFP

Quem vê Alison hoje não imagina que, aos 10 meses de idade, ele quase morreu. Quando era bebê, o atleta sofreu um acidente doméstico ao esbarrar em uma panela cheia de óleo quente e teve queimaduras de terceiro grau no braço esquerdo, no rosto, na cabeça e no peito. Devido a isso, o atleta treina com um boné, a fim de proteger suas cicatrizes e se resguardar dos olhares, mesmo que o acessório lhe incomode durante os treinamentos. Suas medalhas, a quebra de seu próprio recorde pessoal e seu destaque mundial refletem o quanto Alison se dispôs a seguir seus sonhos. Todas as barreiras que ele pulou na vida o levaram a cada competição e a cada conquista. Não são os segundos que dizem muito sobre sua história de vida e carreira, são as adversidades, as persistências e as lutas que o levaram até àquela marca.



 

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