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14/10/2019 às 20h52min - Atualizada em 14/10/2019 às 20h52min

Análise: Jejum de vitórias acende sinal de alerta na Seleção Brasileira

Já são quatro jogos sem vitória e nenhum sinal de evolução

Fernando Curty - Editado por Paulo Octávio
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Após sequência invicta e começo arrasador, o técnico Tite vive seu pior momento no comando técnico da Seleção brasileira e passa de unanimidade no cargo para contestado. O saldo do Brasil  após a conquista da Copa América, em julho, é ruim: foram quatro amistosos, sendo três empates e uma derrota. Nesses jogos, time tomou mais gols do que nos dez primeiros jogos sob comando do treinador. Com os recentes resultados, o aproveitamento de Tite é inferior dos 80%, de acordo com o site FutDados, algo inédito desde que assumiu o cargo. Em meio aos resultados ruins, o futebol apresentado mostra uma falta de variações táticas, o que era incomum no começo do trabalho do Adenor em 2016 . 

 

PROBLEMAS 

Além da falta de inovação tática, Tite se recusa a mexer em sua “espinha dorsal”, composta por Alisson, Marquinhos, Thiago Silva, Daniel Alves, Casemiro, Philippe Coutinho, Neymar e Firmino. Alguns nomes, inclusive, não vivem grande momento, e outros estarão beirando os 40 anos de idade no próximo Mundial. São poucas as mudanças feitas pelo treinador e na maioria dos casos as próprias modificações já tem um padrão: entram Richarlison, Everton Cebolinha ou Gabriel Jesus nas vagas restantes. A renovação do time, muito cobrada por imprensa e torcedores ao longo do período pós 7 a 1, não tem sido realizada. Nos últimos amistosos, seis novos jogadores foram chamados por Tite, dentre eles apenas Matheus Henrique e Gabriel Barbosa entraram em campo, mas por cerca de 55 minutos somados. 

 

CBF 

Outra dificuldade enfrentada pela Seleção Brasileira é o calendário do futebol brasileiro montado pela CBF, que coincide várias partidas de seus principais torneios com as Datas FIFA, período de jogos das seleções. Com isso, diminui a possibilidade de o treinador levar jogadores de destaque dos principais clubes do país. Mesmo sendo um problema conhecido, não há a expectativa de mudança no panorama, já que a entidade informou recentemente que os campeonatos organizados pela entidade não irão parar no período da Copa América, que acontece em junho, diferentemente deste ano. Isso contraria as declarações do coordenador de futebol da Confederação, Juninho Paulista. Porém em anos anteriores em que houve a disputa do torneio continental fora do Brasil, os torneios nacionais também não foram paralisados.

 

LOGÍSTICA E ADVERSÁRIOS 

Mais um ponto criticado na Seleção Brasileira são os adversários e os locais dos confrontos. Foram 14 amistosos depois da Copa da Rússia de 2018. Nesses confrontos, o Brasil enfrentou uma seleção europeia, a República Checa, e apenas dois campeões mundiais, Argentina e Uruguai. Desses jogos, somente duas partidas foram disputadas em solo brasileiro, sem contar a Copa América disputada no país. Nos amistosos mais recentes, a Seleção viajou mais de 17 mil quilômetros para jogar diante de um público modesto em Singapura.  Seleção vai enfrentar mais dois adversários em 2019: A mesma Argentina, no dia 15 de novembro, em Riade, na Arábia Saudita. E fechará a temporada contra a Coreia do Sul, no dia 19 do mesmo mês, em Abu Dhabi.


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