19/02/2020 às 22h36min - Atualizada em 19/02/2020 às 22h36min
Descarte consciente: para onde vai o lixo eletrônico?
Maria Letycia Souza dos Santos - Edição: Manoel Paulo
Pnuma - Programa da ONU para o Meio Ambiente
Muito se fala em consumo consciente e pouco em descarte consciente, que também é sustentável e importante. Há muitos objetos que não podemos reutilizar e são descartados no meio ambiente, como o lixo eletrônico, porém há alternativas de descarte que são ecologicamente corretas, porém pouco debatidas.
De acordo com a Pnuma, dentre os países emergentes, o Brasil é o país que mais gera lixo eletrônico. O descarte incorreto dos dispositivos, como celulares e peças de computador, causa impactos ambientais que vêm se alastrando nos últimos 10 anos.
Os Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) possuem em sua composição substâncias com alta toxicidade, como chumbo e mercúrio, que ao serem rejeitados inadequadamente gera uma ameaça ao meio ambiente e à saúde humana. A partir disso, surgiu formas apropriadas de descartar esses objetos.
No Brasil existe a lei 12.305/2010, chamada de Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Essa lei cria a obrigação das empresas adotarem a logística reversa, que nada mais é do que a criação de caminhos para que o consumidor possa descartar seus equipamentos de forma correta.
Dessa forma, o descarte consciente acontece por meio da devolução do material para a empresa fabricante. As peças poderão ser reutilizadas sem prejuízo ambiental. A devolução é quase sempre gratuita e 100% do aparelho pode ser reciclado. Outra opção é doar equipamentos em boas condições, mas que não estão mais em uso, para entidades sociais que atuam na área de inclusão digital. Além de não contaminar o meio ambiente, o ato ajudará pessoas carentes.
A cada ano, o Brasil descarta: cerca de 97 mil toneladas métricas de computadores; 2,2 mil toneladas de celulares; 17,2 mil toneladas de impressoras (Pnuma). A logística reversa promove o descarte consciente e uma alternativa sustentável.
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