Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
15/08/2020 às 08h28min - Atualizada em 15/08/2020 às 08h19min

Entregadores de aplicativos são explorados e procuram melhores condições de trabalho

Com taxas baixas, bloqueios inesperados e sem seguro acidente, entregadores trabalham mais durante a pandemia e ganham menos

Ana Paula Cardoso - Editado por Caroline Gonçalves
Foto/Divulgação: Maritt Solorzano @olhardebruxa
A pesquisa feita pela Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (Remir Trabalho) ouviu 252 pessoas de 26 cidades entre os dias 13 e 20 de abril por meio de um questionário online.

Entre os entrevistados, 60,3% relataram uma queda na remuneração, comparando o período de pandemia ao momento anterior, outros 27,6% disseram que os ganhos se mantiveram e apenas 10,3% disseram que estão ganhando mais dinheiro durante a pandemia.

Para os pesquisadores, a redução da remuneração, associada ao aumento do risco de contágio, intensifica a condição que já era precária desses trabalhadores e sinaliza para a exacerbação do ganho da plataforma com as pressões de achatamento da remuneração dos trabalhadores.

 
“Antes a gente trabalhava só com um aplicativo e já conseguia dar conta do que precisava ganhar, o que acontece agora é que o pessoal precisa instalar todos, se cadastrar em todos para ver se consegue ganhar o que precisa”, afirma Luciana Kasai, atualmente entregadora e uma dos porta-vozes do Movimento Entregadores Antifascistas em São Paulo.
“Eu tento estabelecer limites de tempo, eu fico entre 2h a 2h30min, se não tocar nada eu volto para casa, antes você podia estar em uma corrida e já aparecia outra”, diz Kasai.
“Mudou bastante, todo mundo correu para trabalhar com aplicativo, antes eu tinha mais corridas, era bem diferente, agora como tem tanta gente trabalhando ao mesmo tempo, você fica pendurado no cadastro dos aplicativos”, conta.

Segundo ela, ao conversar com outros entregadores sobre a situação da fila de espera acarretada por muitos entregadores cadastrados, eles dizem que a média de espera para começar a trabalhar como entregador é de três a quatro meses.

Outro fator importante, está ligado ao fato dos entregadores passarem o dia inteiro fora de suas casas sem terem um ambiente para descansar, comer, usar o banheiro ou até mesmo carregar o celular.

 
“Você sempre tem que levar alguma coisa, não tem local para comer, mal tem local para ir ao banheiro e aí o pessoal compra carregador portátil e roda o dia inteiro, se você for colocar na ‘ponta do lápis’, não compensa, o gasto que você tem, você meio que tá pagando para trabalhar”, declara.

“Eu acho que as pessoas que não trabalham com isso não tem a noção de fato do que você tem que desembolsar de gasto”, admite Luciana.


Ela conta que conhece muitas pessoas que realizaram financiamento, compraram moto e ainda estão realizando o pagamento, isso tudo para poder trabalhar fazendo entregas para aplicativos, mas eles correm o risco diário de algo acontecer e eles terem que pagar todos os gastos.
 
“Eu sofri um acidente faz três semanas, não me bloquearam, não descontaram nada, eu expliquei o que tinha acontecido comigo, mas esse tempo que eu fiquei sem poder trabalhar e os custos que eu tive para concertar minha bicicleta saíram do meu bolso”, assegura Kasai.

“Tudo que acontece cai no entregador, se o restaurante atrasou, se a entrega demorou, a culpa vai cair no entregador, você fica pensando sobre isso o tempo todo”, garante.

Segundo Luciana, ela não chegou a receber nenhum contato do aplicativo para que ela fosse em algum local receber álcool em gel e máscara para que realizasse suas entregas totalmente protegida “a única coisa que eu ganhei foi uma desinfecção na bag, mas ai eu teria que atravessar a cidade para ir”, afirma.

O Movimento Entregadores Antifascistas ocorreu através das conversas de rua, até porque, todos os entregadores estão passando pela mesma situação, não importa para qual aplicativo ele trabalhe, a situação é muito parecida, eles se tornaram um serviço essencial durante a pandemia, mas não ganharam nada por isso.
“Nós vimos a reação das empresas em relação as greves e o que eles fizeram foi só mentir, investir em propaganda e não foi aberto ao diálogo, nós não esperamos nada deles, mas acredito que as greves tenham sido importantes para que o consumidor olhasse, visse que ele está pagando um preço barato, mas esse preço é em cima de uma exploração”, diz Luciana.
“Eles dizem que oferecem EPI, álcool em gel, máscara, seguro para quem pegar coronavírus, mas eles fazem tudo ser tão burocrático, de um jeito tão complicado que você não consegue ter acesso, tudo o que você precisar de suporte, você precisará falar com um robô, você não consegue falar com uma pessoa”, alega.
“A gente vai um pouco além das coisas da greve, pedimos as três refeições essenciais, considerando que a maioria passa o dia inteiro fora de casa, também pedimos um seguro acidente, porque se o entregador for para o hospital ou precisar consertar seu veículo, quem vai pagar? São coisas que estão ligadas a lei trabalhista, porque mesmo que acabem os bloqueios e as taxas aumentem um pouco, sabemos que iremos continuar sem ter o que comer, ter que ficar o dia inteiro na rua e não vamos ter um local para carregar o celular, são coisas básicas”, conta ao abordar sobre as pautas defendidas durante as greves. 

Após o Breque dos Apps ocorreram muitos bloqueios, de acordo com Luciana, alguns deles podem ter sido políticos, em relação aos entregadores estarem participando do movimento “a greve do dia 25/7 teve uma quantidade muito menor de gente presente por causa disso, porque quando você sofre um bloqueio, você não recebe informação, você não sabe quando vai poder voltar a trabalhar, você não tem nada”, garante.



O Movimento segue um planejamento posterior a greve, eles estão se organizando, estudando modelos de cooperativas “temos muitos apoiadores, só que é bem difícil desenvolver um aplicativo, não queremos ser semelhantes a eles, queremos ter uma chance”, afirma Kasai.
“Eu acho que a dificuldade é a comunicação entre os 11 estados participantes do movimento, entender quantas pessoas poderiam aderir de fato em cada lugar, cada lugar vai apresentar suas dificuldades e potencialidades, vai ter que ser uma montagem de várias cooperativas pequenas que depois irão se unir”, relata.
 
“A gente quer tentar criar outras alternativas para que não precisemos cair nesse monopólio dos aplicativos, só que isso demanda uma alta gestão, estamos todos aprendendo o que pode dar certo, o que é viável”, conta.
De acordo com a entregadora, muita gente possui um preconceito em aderir ao movimento por eles serem antifascistas “a gente sofreu coisas complicadas durante a greve por outras lideranças, porque também é política, as coisas no Brasil se tornaram apolíticas, você se mostrar antifascista já é um problema para outras pessoas, mesmo que o projeto vá fazer bem para elas”, expõe Luciana.

Ao perguntar sobre sua opinião em relação aos debates realizados na Câmara de Deputados sobre os direitos trabalhistas dos entregadores, ela diz não ter muita fé “a categoria dos entregados é diversa, partimos de princípios diferentes, os projetos de lei só irão nos contemplar se nós escrevermos, o que a gente quer é um diálogo aberto, só que a gente sabe que o governo está do lado dessas grandes empresas e contra o trabalhador”, diz.
“Pra mim parece que vai ser uma coisa que sempre irá fortalecer o poder dos mais poderosos”, alega uma dos porta-vozes do Movimento Entregadores Antifascistas.

Entregador ciclista do Ifood, Rappi e Uber Eats, Carlos Augusto Ferreira da Silva, também realiza entregas por fora e atualmente se tornou integrante do delivery carioca Despatronados, que surgiu a pouco tempo, com o intuito de ser um delivery mais justo, sendo este, criado, desenvolvido e administrado pelos próprios trabalhadores.
 
“Tem aqueles momentos que pipoca, que tem muito trabalho, já em outros dias tem um refluxo, essa semana tá sendo de refluxo, não estou tendo tantos pedidos”, conta.



 

“Eu não sei se iremos conseguir todas as nossas reivindicações, mas eu sei que alguma coisa tem que mudar, não pode continuar do jeito que está”, afirma Carlos, ao comentar sobre as reivindicações feitas durante as greves.

“Essas pessoas que estão migrando agora para os aplicativos, elas estão com tudo, elas irão topar tudo, nós que já estamos mais escaldados, estamos visualizando isso, vendo que tem coisas que não dá para aceitar”, diz.

A princípio, os Despatronados trabalham como uma empresa normal, realizando entregas por bicicletas e motos, no horário comercial, das 9h ás 18h, de segunda a sábado, caso aconteça um pedido no período da noite, existe um adicional noturno e caso haja um pedido no domingo, o cliente precisa entrar em contato com o entregador que estiver disponível, todos os pedidos devem ser agendados um dia antes pelo WhatsApp, no site é possível encontrar os valores estipulados para cada entrega "justamente para que não ultrapassemos o valor justo das entregas”, garante.

https://despatronados.wixsite.com/cooperativa

No momento, a equipe possui treze pessoas, mas isso também pode ser uma coisa volátil, a partir do aumento da demanda, o que eles estão torcendo para que aconteça, irão chamar mais pessoas “isso não impede, por exemplo, que outras pessoas aqui no Rio de Janeiro formem o seu próprio coletivo também, sabemos que não iremos abraçar o mundo, mas a gente pode ser uma referência para as pessoas que também estão em um trabalho precarizado, se estimularem e criarem seu próprio coletivo”, alega Carlos Augusto.


 
Aos poucos eles estão desenvolvendo o delivery e atendendo as suas demandas “cada um tem uma demanda pessoal e de trabalho que nos impede de enfrentarmos todos os desafios de uma vez só, estamos planejando o Instagram, temos a ideia de trabalhar o marketing, desenvolver a nossa logo, estamos pensando em camisas para nós usarmos”, admite.
 

“Um dos nossos planejamentos futuros é formalizar nossa cooperativa, estamos tendo apoio de advogados na parte jurídica e estamos com a ideia de lançar o nosso próprio aplicativo, também estamos recebendo o apoio de profissionais de TI, nossa ideia é seguir o caminho da autonomia, não depender mais dos aplicativos, porque eles estão ganhando muito dinheiro, principalmente agora na pandemia e a cada vez mais as taxas e os bloqueios estão piores”, anuncia.

“Sabe aquela coisa de carnaval, de escola de samba? Mesmo que esteja faltando uma pena na fantasia, estamos com o bloco na rua”, exemplifica Augusto.

“Também dentro do nosso coletivo, estamos criando um fundo para que, caso ocorra algum tipo de situação (acidente, assalto), podermos apoiar essa pessoa, aconteceu um caso de uma motogirl do movimento em São Paulo que se acidentou, ela se machucou, teve que concertar a moto, fizemos uma vaquinha virtual e a ajudamos a comprar os remédios e as peças da moto”, garante.

Atualmente, eles possuem 50 clientes cadastrados, entre eles, os clientes pontuais e os microempreendedores “nós prestamos vários tipos de serviços, vamos negociando as coisas, coisas que realmente dão para levar”, conta.
 
“Quando aconteceu a primeira manifestação em São Paulo, eu já me interessei, já queria fazer parte do grupo, fui pesquisando até que entrei em contato com o Paulo Galo e ele me colocou no grupo do coletivo nacional e ai em seguida fui para o grupo do movimento no Rio, foi ai que eu entrei para o Despatronados”, diz Carlos ao contar como se tornou um integrante do delivery carioca.


 
Segundo Carlos, a bag, a camisa e o casaco que alguns entregadores usam com a empresa estampada, quem paga são os próprios entregadores “se eles quiserem usar, eles tem que comprar, no caso da Rappi, eles permitem a divisão e vão descontando de acordo com as entregas que você realiza”, afirma.
 
“A perversidade é que você anda realizando uma propaganda para a empresa, eles gastam com marketing, mas a gente não recebe nenhuma quantia com isso”, declara.
 
Criadora do Señoritas Courier, Aline Os, formada em Artes Plásticas pela USP e mestra em poéticas visuais também pela USP, começou sua experiência como entregadora em 2015, sendo freelancer para uma empresa, sem ter um horário fixo, quando ainda não existiam os aplicativos, ela ficou trabalhando para essa empresa da metade de 2015 até o primeiro trimestre de 2017 “nessa época eu já utilizava a bicicleta na cidade para passeio e para ir até o trabalho”, conta.
 
“Não é porque eu me formei como artista plástica que as galerias me ofereceram para ser artista plástica na bienal, não, eu fui dar aula, fui ser professora”, diz.



Nessa época ela dava aulas em uma faculdade, mas procurava ganhar um dinheiro extra para ajudar a pagar suas contas, durante um período ela também trabalhou em um Estúdio Fotográfico, realizando os arquivamentos das imagens.

 
“Esse começo foi muito importante para mim, eu aprendi muito trabalhando para essa empresa e me apaixonei por esse trabalho, porque ao você ser entregador em uma cidade como São Paulo, você está o tempo todo em contato com uma cidade que tem mil faces, você pode sair pela manhã de um bairro como o jardins e estar às 14h da tarde em Heliópolis, você vê uma outra realidade”, relata Aline.
Ela conta que um dia enquanto estava trabalhando no Estúdio, a pessoa responsável pelo financeiro lhe chamou e perguntou se ela gostaria de realizar as entregas de lá ao invés dela chamar o motoboy como sempre fazia “eles foram os meus primeiros clientes avulsos, e com isso, meu lado empreendedor despertou, de olhar o ramo de entrega como um negócio”, diz.
 
“Ai chegou um dia que eles chegaram para mim e me perguntaram se eu conseguiria fazer entrega lá em Cajamar de última hora, fiz um post no Facebook procurando mulheres que pudessem e quisessem fazer essa entrega, já nesse dia eu criei o grupo e o nome do Señoritas Courier”, expõe.

“Eu continuava fazendo as entregas do Estúdio e as que eu não conseguia fazer, eu colocava no grupo, passava para as meninas e pagava elas, foi ai que eu fui estruturando o Señoritas, isso já no final de 2017 pro início de 2018”, comenta Os.
 
O Señoritas é um coletivo realizado através de bicicletas por mulheres e LGBTS realizando pequenas entregas em São Paulo, e dependendo, também em seus municípios. Elas trabalham de segunda-feira à sexta-feira, sempre preferindo o horário comercial, lembrando os clientes que a retirada tem que ser feita até umas 16h até 17h no máximo, aos sábados só trabalham com clientes que saibam da existência de uma taxa adicional e que realmente valorizem isso.



Ao comentar o porquê do coletivo ser formado apenas por mulheres e LGBTS, ela diz que via a situação da sua irmã, mãe solo, que precisou se mudar de São Paulo por não conseguir recolocação na sua área de trabalho “vi também outras mulheres na mesma situação, imaginei como seria ganhar no fim do mês um dinheiro extra”, relata a criadora do Señoritas Courier.

Em relação aos LGBTQs, ela diz que sempre teve muitos amigos que são da comunidade LGBTQ “eles sempre me falavam como era difícil conseguir uma colocação no mercado, sendo trans, sendo gay, sendo lésbica”.

 
 “O Señoritas nunca foi um negócio para pedir comida mas para pedir entrega de documentos, encomendas de roupas, sapatos ou flores, pouco a pouco nós fomos nos especializando com cuidado, fazendo testes para entender se a gente podia ou não fazer aquilo”, narra Aline.

“Eu vi o coletivo como um negócio, como uma opção de trabalho que iria impactar positivamente a vida de outras pessoas que queriam fazer entrega, nesse período começaram a surgir mais empresas com aplicativos de entrega e não tinha tanta discussão sobre como elas exploravam os entregadores”, explica.

De acordo com a Aline, ainda são um negócio pequeno, ainda não conseguem garantir uma renda fixa pra cada uma das pessoas que estão realizando as entregas, mas, trabalham com um sistema em que a sua disponibilidade junto com a disponibilidade de entregas vai fazer com que o entregador ganhe mais ou menos “não adianta ela estar disponível 24h se eu não houver entregas para fazer, eu não terei dinheiro para pagá-la”, afirma.
 
“Nós buscamos um preço justo por essas entregas e passamos o valor maior delas para as bikers, atualmente, uma empresa que realiza entregas trabalha com 50 a 50, o valor que o cliente paga é dividido meio a meio para a empresa e para o entregador, mas eles também trabalham com 60 a 40 ou 70 a 30, vai depender da negociação que eles realizam”, conta.

“Os aplicativos fazem ainda pior, eles trabalham com algoritmo, se tem muito entregador naquela região, naquele horário, naquele dia, o algoritmo calcula que essa pessoa pode receber menos, esse menos pode diminuir muito, ele pode ser R$ 0,50 por quilômetro rodado, hoje o Señoritas consegue pagar entre R$ 2,30 à R$ 2,50 por quilômetro rodado, fora o valor do pedido de entrega, que nós cobramos cerca de R$ 3,00 a R$ 3,20”, revela Os.

“Os nossos entregadores sabem exatamente quanto eles vão ganhar daquela entrega, isso é uma coisa que as empresas e os aplicativos de entrega não falam, eles querem defender apenas o lucro deles”, declara.
 
Quanto a criação de uma cooperativa, ela diz que estão pensando muito bem no assunto, estruturando essa ideia antes de realmente virar uma cooperativa, porque isso, impacta na vida das pessoas e quer que os impactos sejam positivos, atualmente, o coletivo possui 51 pessoas cadastradas, 38 exclusivamente realizando entregas e 12 flutuantes, que além das entregas, também realizam outras atividades, sendo que, antes da pandemia possuíam cerca de 27 pessoas, apresentando consequentemente um aumento.
 
 “A ideia é manter o foco na valorização do trabalho dessas pessoas, acredito que isso seja o essencial, seja com poucas entregas ou com muitas entregas, a valorização dessas pessoas e do seu trabalho é o mais importante para nós hoje, o Señoritas tá ali lutando para que todo mundo possa crescer”, assegura Aline.
 
“Eu vejo que só irei conseguir levar a ideia do Señoritas adiante, caso outras pessoas gostem, valorizem e estejam junto conosco, porque eu sozinha não irei conseguir fazer nada, sozinha serei mais uma empresa igual as outras, não quero fazer um aplicativo do Señoritas para que tenha o próprio aplicativo e o algoritmo determine quanto que aquelas pessoas merecem ganhar enquanto elas estão pedalando”, confessa.

De acordo com a Aline, a partir do momento em que o Todos Iguays lhe pediu para que fizesse todas as suas entregas de máscaras da pandemia, elas passaram por um boom e não pararam mais de realizar entregas.



“Foi muito importante ter participado, é muito importante apoiar essa categoria, é uma luta justa, é uma coisa que não se aplica apenas à categoria de entregadores, porque quem está no mercado trabalhando pode estar a qualquer momento sujeito a aparecer um aplicativo para sua profissão e de repente ter um algoritmo definindo o quanto você vai ganhar pelo o que você faz”, conta ao falar da participação no Breque dos Aplicativos, com a presença de 6 senhoritas.

Para saber mais sobre os entrevistados, acesse: 

@senoritas_courier
@entregadoresantifascistas
https://despatronados.wixsite.com/cooperativa

#brasil #economia #entregadores #aplicativos #coronavírus #dicasjornalismo #jornalismo


Significado de palavras:
BAG: Bolsa
EPI: Equipamento de proteção individual


 REFERÊNCIAS:

BONIS DA DEUTSCHE WELLE, Gabriel. Pandemia precariza ainda mais o trabalho de entregadores de aplicativos. UOL. 10/7/2020. Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/07/10/pandemia-precariza-ainda-mais-o-trabalho-de-entregadores-de-aplicativos.htm. Acesso em: 9/8/2020.
SOUZA, Felipe. MACHADO, Leandro. Coronavírus: entregadores de aplicativo trabalham mais e ganham menos na pandemia, diz pesquisa. BBC NEWS. 7/5/2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52564246. Acesso em: 9/8/2020.
SOPRANA, Paulo. Acreditaram na mentira do empreendedorismo, diz líder dos Entregadores Antifascistas. Folha de São Paulo. 9/7/2020. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/acreditaram-na-mentira-do-empreendedorismo-diz-lider-do-entregadores-antifascistas.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail. Acesso em : 9/8/2020.
 



 

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »