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14/09/2020 às 16h24min - Atualizada em 14/09/2020 às 15h53min

Dumplin. A importância do empoderamento e feminismo

Rafaela Moreira - Editado por Letícia Agata
Filme Dumplin Netiflix. Padrão de beleza Bruno Peron, Escrtor e psiquiatra Augusto Cury. Empoderamento e feminismo por Julia Assis e Silvia Araujo autora do testo pelos direitos dos meninos
Jornal Tocantins
O filme Dumplin, conta a história de uma jovem que, apesar de estar acima do peso, sempre demonstra confiança com sua própria imagem. O amor próprio cultivado pela personagem foi grande parte influenciado pela convivência da sua tia, que mostra como o empoderamento feminino vem sendo cada vez mais importante para acabar com os padrões impostos pela sociedade.

Segundo Julia Assis, autora do texto "Mas afinal, o que é empoderamento feminino?", empoderamento é diferente de feminismo. O feminismos resumidamente é o movimento que prega a igualdade social, política e econômica entre os gêneros. Já o empoderamento, é a consciência expressada por ações para fortalecer a mulher e desenvolver equidade de gêneros.

Empoderar é o ato de tomar o poder sobre si. As pessoas oprimidas em nossa sociedade muitas vezes não têm consciência do seu próprio poder. Apesar das conquistas das mulheres, ainda se vive em uma sociedade patriarcal, que consciente em um sistema que foi constituído historicamente com base nos privilégios da classe masculina em detrimento da feminina. O feminismo vem com a necessidade de combater o machismo. Maria Saldanha, especialista em feminismo, diz que “o machismo é uma forma de opressão justificada pelas pessoas que negam a igualdade entre homens e mulheres, assim transformando as diferenças em desigualdades, ditando um padrão a ser seguido pelas mulheres. As pessoas que se negam a seguir este padrão passam a ser violentadas mais intensamente pelo sistema".

Apesar de existirem críticas pertinentes de que educar meninos em pé de igualdade com meninas é papel de homens e mulheres, a iniciativa nos ajuda a pensar o quanto é benéfico destruir a estrutura do patriarcado, que depende, ao mesmo tempo, do empoderamento feminino e da mudança de mentalidade dos homens. Portanto, uma nova forma de educar meninas e meninos.

Daniela Moreira, publicitária e empresária proprietária da empresa Laços de Fita Atelier, afirma:
 

“Já sofri preconceito quando montei minha loja. A maioria das pessoas acham que nós, mulheres, não somos capazes de montar sozinhas o nosso próprio negócio. Trabalho desde os meus 18 anos e hoje, com meu esforço, tenho meu próprio negócio. Nunca me influenciei por criticas e opiniões machistas. Atribuo minhas conquistas ao meu esforço e minha criação familiar, onde meu pai e minha mãe sempre me ensinaram e me incentivaram a crescer como profissional e ser humano, sem depender de ninguém. Sou uma mulher, independente e de bem com a vida".
 

Fabiana Nunes, coatureira e motorista, em entrevista, diz: “Já sofri preconceito no trabalho por ser motorista, e algumas pessoas acharem que motorista é profissão masculina. Essa postura de mulher ser do lar não cabe nos dias atuais e esse processo de mudança é de fundamental importância para uma sociedade com menos desigualdade". Fabiana acredita também que "a indústria da beleza é uma grande influenciadora para mulheres seguirem padrões estéticos impostos pela sociedade, pois a maioria das empresas colocam para estrelar suas campanhas pessoas magras. Fabiana nunca se influenciou, se considerando uma mulher feliz e bem resolvida em todas as áreas da sua vida.

Delbaneide Santos, auxilar de escrtório, afima: “Nunca sofri preconceito e também nunca dependi de ninguém. Tenho uma filha e sempre garanti o meu sustento e o dela. O empoderamento sempre fez parte da minha vida. Sou uma mulher que tenho consciência do meu próprio valor desde criança e não é a opinião de terceiros que vai mudar a minha maneira de pensar e agir".

Garantir o empoderamento feminino em uma sociedade, é uma forma de evitar que futuras gerações ainda vivam em um mundo com desigualdades gritantes. No filme Dumplin, a tia da personagem faz ela reconhecer sua capacidade através do feminismo e empoderamento. A personagem, mesmo na contra mão de sua mãe, uma ex miss que ainda vive em função do titulo, decide desafiar todos os padrões sociais e se inscrever em um concurso de beleza.

Existe uma batalha que se trava entre a beleza que cada individuo tem e a idealizada pelos cinemas e Televisão. Segundo Augusto Cury, autor do livro Ditadura da Beleza e a Revolução das Mulheres, qualquer pessoa tem sua beleza particular e única, e não justifica a busca por padrões de belezas impostos. Valorizemo-nos naquilo que somos por dentro e por fora, sem nos intimidarmos por padrões de beleza que ignoram aquilo que temos de mais precioso.

Não há padrão de beleza certo e errado, bom ou ruim, melhor o pior, mas sim aquele que serve de auto estima e aceitação de nós mesmos.


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