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25/02/2021 às 22h26min - Atualizada em 25/02/2021 às 22h09min

Caso do STF relacionado ao deputado Daniel Silveira Impulsiona a venda de livro sobre ilegalidades no Brasil

O livro "Inquérito do Fim do Mundo - o apagar das luzes do Direito Brasileiro", chegou ao topo da lista de mais vendidos na seção de Direito da Amazon

Daniela Alves Silva - Editado por Andrieli Torres
Fonte/Reprodução: Editora E.D.A.
O deputado Daniel Silveira do (PSL-RJ), foi preso por xingar e ameaçar ministros em um vídeo nas redes sociais. Ele tem outros inquéritos abertos, além de atos violentos que protagonizou em vários momentos, como quebrar uma placa em homenagem a Marielle Franco e o telefone celular do jornalista Guga Noblat. Com isso, conseguimos observar sua personalidade destemperada.

Juntamente com a repercussão desse caso, dispararam as vendas de “Inquérito do Fim do Mundo”, obra que denuncia os desmandos do supremo.  O livro traz um novo ângulo de perspectiva do STF (Supremo Tribunal Federal),  mostrando sobre os inquéritos contra deputados federais.  

Essa pode ser uma das causas do aumento da  busca por livros dessa temática pois o as pessoas ficam curiosas e interessadas a respeito de explicações relacionadas ao assunto do STF,  além de  um certo estado de alerta em questão dos problemas políticos.

No entanto, existe uma certa queixa com o fato de o livro ter chegado ao primeiro lugar da lista muito por conta de um evento trágico com a prisão ilegal de Silveira.

Seria um aumento da conscientização das pessoas sobre as questões que envolvem a política do país com esses novos rumos que o meio político vem passando ao longo dos anos, como a corrupção, Lava Jato, Prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, começando a surgir uma pulguinha atrás da orelha dos cidadãos Brasileiros?

A obra que foi elaborada por juristas, é uma coletânea de artigos organizados pela promotora Cláudia Piovezan. Trata de uma  série de ilegalidades cometidas pelo Supremo Tribunal Federal no escopo do Inquérito 4781, o das Fake News, que apura uma suposta, bem suposta mesmo, organização criminosa formada por perigosos produtores de memes e outros infratores.

Segundo Dra. Cláudia, em entrevista ao 'Brasil Sem Medo',  a obra ainda é a única no mercado editorial a relatar dos recentes abusos cometidos pela Suprema Corte, sobretudo na figura de Alexandre de Moraes. Ela disse que o que inspirou a elaboração do livro foi justamente a necessidade de suprir essa falta e registrar esse momento tão delicado da história nacional. ‘’Por outro lado, a procuradora disse estar contente pelo interesse de um público cada vez maior por um tema dessa importância’’. disse Cláudia.

O livro conta com artigos da juíza Ludmila Lins Grilo, dos procuradores Marcelo Monteiro e Cleber Neto, e do escritor Flávio Morgenstern e o prefácio do  editor Paulo Briguet.

O inquérito criminal foi aberto para apurar notícias fraudulentas, ofensas e ameaças que de encontro com a honra e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares” foi aberto em março de 2019 pelo presidente do STF, Dias Toffoli, sem um pedido de autoridades policiais ou procuradores e sem a participação do Ministério Público

Ele também designou por conta própria, Alexandre de Moraes como relator do caso. Não houve sorteio entre os ministros do STF, como é norma regimental no caso dos inquéritos comuns.

Podemos fazer uma comparação com as recentes comemorações nas redes sociais sobre o caso de afastamento da deputada Flor de Lis (PSD-RJ). Acusada de participar do complô que assassinou o ex-marido, a parlamentar precisa ser julgada pelo Conselho de Ética antes de perder seu cargo. Assim como a prisão do deputado Daniel Silveira, são casos de parlamentares que estavam em aberto no congresso e agravou a demora com a pandemia do coronavírus.

Os internautas nas redes sociais ficaram divididos. Alguns eram contra o impedimento de prisão dos deputados e a outra metade  faz parte da milícia virtual bolsonarista, que ficaram revoltados com esses inquéritos principalmente porque os dois deputados são próximos ao presidente Jair Bolsonaro.

Em 2020, apoiadores de Bolsonaro sofreram buscas e apreensões por criticarem os ministros do Supremo e foram censurados nas redes sociais. Também foram acusados de participar de grupos que disseminavam Fake News.

Devemos  analisar que no momento de votar, se o concorrente escolhido irá representar os seus desejos. Antes de ser eleito, o candidato tem que conversar com o eleitorado, convencer que é diferente, sonhador, que busca lutar pelos direitos do povo. Isso, até certo ponto, foi algo que o eleitor idealizou, mas nunca aconteceu até hoje.

Esses candidatos vão passar um bom tempo teoricamente lhe representando essa figura. Temos que analisar os prós e os contras do seu mandato, plano de governo e uma equipe estruturada e organizada para o conflito. Busquem saber quem de fato seria seu representante ou se costuma conhecê-lo apenas durante o mandato. 

Devemos exercer e buscar pela liberdade e cidadania. Para isso, é importante que esses fatos e fragmentos da historias sejam documentados e relatados para podermos relembrar e revelar  os últimos acontecimentos ligados aos deputados envolvidos em escândalos no STF,e,  assim decidir com mais cautela os governantes que vão nos representar no meio político no futuro.

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