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13/05/2021 às 23h48min - Atualizada em 13/05/2021 às 23h45min

Valorizar a morte e desprezar a vida

Sendo incompreendido e tendo arte ignorada em vida, após a morte, Van Gogh é reconhecido com um dos maiores pintores de todos os tempos

Karen Belém - Editado por Andrieli Torres
Fonte/Reprodução: Google
Apesar de hoje ser considerado um dos maiores pintores de todos os tempos e admirado por tantas pessoas, Vicente Van Gogh passou sua vida sendo incompreendido por muitos e amado por poucos, com dias marcados pela angústia, desapreço e distúrbios comportamentais.
 
Tinha a grande afeição do seu irmão Theo e uma enorme paixão pela arte, desejo que carregava desde garoto. Mas isso não era suficiente para lidar com a dor e o desprezo que sofria. Em diversos momentos foi tido apenas como louco, sendo ignorado seu grande talento e sensibilidade.
 
Em uma manhã, Vicente saiu para pintar, mas diferente do que estava acostumado a fazer, levou uma pistola e com ela deu um tiro no peito. O ferimento apesar de grave, não o matou imediatamente, mas por os médicos não conseguirem retirar a bala de seu corpo, ele voltou para casa e morreu dois dias depois, em 29 de julho de 1890.
 
É interessante pensar que assim como Van Gogh, muitos artistas não viveram para ver todo o reconhecimento de suas obras e de sua história. Em vida, somente sua obra “A vinha encarnada” foi vendida e com valor bem insignificante, mas hoje é considerado uma das figuras mais famosas e influentes da história da arte.
 
O sentimento de perda, produz muito mais valorização sobre algo ou alguém do que o próprio desfrute da vida. Embora ainda seja válido e relevante, é também limitado e egoísta, já que quem desfrutaria desse momento e se alegraria com ele, muitas vezes, encontrou a morte se sentido frustrado e perdido.

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