Hospitais que utilizaram o Capacete Elmo reduziram em 60% a necessidade de intubação de pacientes contaminados pela covid-19 em fortaleza. O novo método criado no Ceará diminui internações, evitando a lotação de UTIs.
Capacete Elmo De acordo com a escola de saúde pública do Ceará (ESP/CE), o capacete Elmo é um dispositivo de suporte ventilatório não invasivo. A inciativa de criar o capacete começou em abril de 2020. No total, nove protótipos foram sugeridos e testados em voluntários. Com a consolidação do equipamento, iniciou-se a aplicação nos pacientes. O trabalho reuniu diversos profissionais, como médicos e engenheiros. Para a criação do capacete houve parceria pública – privada no Estado do Ceará, e autorizado pela agencia nacional de vigilância sanitária (Anvisa) para produção industrial e comercialização.
Como funciona? Segundo a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), o Elmo permite ofertar oxigênio a uma pressão definida ao redor da face, sem necessidade de intubação, dessa forma, a pessoa consegue respirar com auxílio da pressurização e oferta de oxigênio. O sistema possibilita, portanto, a melhora na respiração podendo ser utilizado fora de leitos de UTI. O equipamento pode ser desinfectado e reutilizado. O mesmo apresenta segurança para os profissionais de saúde, já que, por ser vedado, não permite a proliferação de partículas de vírus.
A Sesa afirma que o Elmo está sendo utilizado em hospitais do interior e da capital, e já foi usado por 1.968 pacientes em todo o Ceará. No entanto, só há dados apurados de Fortaleza. As unidades que utilizam esse equipamento você confere nolink.
Marcelo Alcântara é o médico idealizador do Elmo e superintendente da ESP/CE, em entrevista ao boletim corona, contou que os testes Clínicos foram feitos no Hospital Leonardo da Vinci, em Fortaleza, em dez pacientes com covid-19 na forma moderada grave. Do total de 10 pacientes, três foram necessários de intubação. O criador do Elmo afirmou também que as equipes dos hospitais realizaram treinamentos para o uso desse equipamento.
De acordo com a Escola de Saúde Pública do Ceará, João Vitor Gonçalves Bernardo foi um dos primeiros pacientes a receber esse tipo de tratamento e apresentou boas melhoras após 48h de uso do capacete. O jovem foi internado no hospital regional do Cariri (HRC) em fevereiro de 2021, com desconforto respiratório e necessidade de oxigênio suplementar.
“Comparado como cheguei aqui, após fazer uso do Elmo, posso dizer que melhorei 80%'', afimou Bernardo.