Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
21/05/2021 às 11h29min - Atualizada em 21/05/2021 às 11h18min

Terapia a Galope

A equoterapia, técnica que usa o cavalo como agente terapêutico, vem sendo aplicada para tratamento de crianças com Síndrome de Down

Talyta Brito - Editado por Andrieli Torres
Reprodução/ Site Tonizi e Armelin
As lágrimas que escorrem pelo rosto são a materialização de um misto de emoções ao contemplar a evolução dos filhos obtida por meio equoterapia. Cada pequena vitória é comemorada.  Desde a 2ª Guerra Mundial, o cavalo tem sido usado como agente terapêutico, atualmente a técnica vem sendo aplicada para tratamento de crianças com Síndrome de Down. Conforme o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil há aproximadamente 300 mil pessoas que apresentam essa alteração genética. 

Os portadores da síndrome, apresentam dificuldades motoras que podem ser minimizadas mediante a terapia. Enquanto o paciente está montado no cavalo, ele recebe estímulos do animal que possibilitam ajustes corporais, melhoram a coordenação e o equilíbrio. Os especialistas recomendam que o tratamento seja iniciado após a formação da vértebra – que geralmente ocorre até os três anos de idade.  Dentro desta ótica, faz- se necessário salientar que as atividades devem ser realizadas com profissionais capacitados e com equinos treinados. 

A hipoterapia ou equoterapia como é mais conhecida, chegou no Brasil em 1971 através da Doutora Gabriele Brigitte Walter. No dia 27 de março de 2008, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) por meio da resolução N° 348 reconheceu a equoterapia como um recurso terapêutico da fisioterapia. A Associação Nacional de Equoterapia elaborou um manual elencando algumas contraindicações. Entre elas, podemos destacar: pacientes com crise de epilepsia sem controle; insuficiência respiratória; escoliose grave e doenças reumáticas. 

Em entrevista à revista 'Nosso Amiguinho', em janeiro de 2015, a fisioterapeuta Cristina Françani declarou que “ o cavalo é um animal muito carinhoso, dócil. A criança, chega, faz carinho no cavalo, se relaciona. Isso acalma e traz uma tranquilidade importante. ” A profissional também salientou sobre a duração do tratamento. “Há crianças que fazem equoterapia por três ou quatro anos, ou a vida toda. Algumas delas chegam aqui com dificuldades para andar e, estimuladas com o tratamento, se equilibram e conseguem andar. Outras não conseguem, mas se pararem, a situação piora, podendo até atrofiar os músculos", completa.


Desde 1993, a Polícia Militar de São Paulo oferece o tratamento de forma gratuita a população. Em dezembro de 2019, a unidade atendia 98 pacientes durante três dias da semana (segunda, terça e quarta-feira). Em entrevista ao portal E+, site vinculado ao jornal Estado de São Paulo, o sargento Leandro Lopes Alcamin disse: “Esses animais fazem o ser humano  produzir neurotransmissores, então ajuda na fala, concentração, coordenação motora, postura e mudanças de comportamento”, pontua.

 

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »