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28/05/2021 às 14h58min - Atualizada em 28/05/2021 às 14h47min

Aldir Blanc e Paulo Gustavo: o apoio às artes

Dois artistas brasileiros que nomeiam leis de socorro à cultura no país

Karina Almeida - Editado por Brenda Freire
Imagem de Andreas Glöckner por Pixabay

Basta falar em política, em leis e abordar qualquer assunto relacionado para que muitas pessoas torçam o nariz. A legislação nem sempre é conhecida por todos, mas exerce grande importância no andamento de sociedades. Da mesma forma, a cultura, as artes e o entretenimento tem espaço garantido em nossas vidas. Será possível unir as duas coisas para o benefício das pessoas, em especial, de artistas? 

É essa a proposta que tramita no senado federal. Assinada pelo senador Paulo Rocha (PT) junto com outros senadores do partido, se aprovada, será denominada de “Lei Paulo Gustavo”. A nomeação é uma homenagem ao ator falecido em 04 de maio de 2021.  

O Projeto de Lei Complementar prevê a destinação de 4,3 bilhões vindos do Fundo Nacional de Cultura para o setor cultural até o final de 2022. 2,8 bilhões seriam destinados ao campo audiovisual e o restante seria colocado em outros diferentes setores artísticos. O projeto é uma extensão da sua da Lei Aldir Blanc, aprovada em 2020 e elaborada pela deputada Jandira Feghali (PCdoB). Ambas facilitam o acesso aos recursos, funcionam como socorro à cultura e ajudam diferentes brasileiros em dificuldade por conta da crise. 

Aldir Blanc e Paulo Gustavo coincidentemente morreram no mesmo dia, 4 de maio,  com apenas um ano de diferença. Ambos faleceram em decorrência de consequências da COVID-19. Os dois grandes artistas brasileiros marcaram setores da cultura brasileira com grandes obras e incentivaram pessoas ao redor do país. 

Aldir Blanc foi um letrista, contista e compositor brasileiro. Suas colaborações e parcerias com diferentes artistas, entre estes Elis Regina e João Bosco. Uma de suas composições de maior sucesso foi “O Bêbado e a Equilibrista”, de 1979.

Comediante, ator, pai, marido, amigo, filho e, até mesmo, mãe. Paulo Gustavo era, antes de tudo, humano. O artista apaixonado pelos palcos e por risadas conquistou o coração do público ao interpretar Dona Hermínia nas telas do cinema. A personagem era inspirada em sua própria mãe e ganhou a admiração do público. Além de grande notoriedade no cenário cultural, o ator exerceu grande importância para a quebra de paradigmas e era presente na luta contra os preconceitos à comunidade LGBTQ+. 

 

Sua vida e carreira marcaram a vida de milhões de brasileiros. Por sempre apoiar e incentivar a cultura, a lei é batizada em sua homenagem e pretende auxiliar muitos artistas no Brasil durante o período de crise. O projeto segue em votação no Senado e há, inclusive, uma consulta pública em andamento. Contudo, a negação segue com a maioria dos votos até o momento. 

A cultura, em todas as suas formas e manifestações, é parte dos seres humanos. É uma forma de expressar sentimentos, emoções e possibilita a comunicação, a transmissão de tradições. As artes são parte da vida de qualquer pessoa e está presente em diferentes contextos. Paulo e Aldir, assim como todos artistas, foram grandes marcos nacionais e defensores da cultura nacional. E essa defesa e apoio deve ser uma luta de todas, tendo até mesmo auxílio de leis. 

Nas palavras de Paulo Gustavo no especial de final de ano da TV Globo, “Foram as artes dramáticas, a música, o cinema, a dança, a cultura em geral que nos ajudaram a seguir em frente tornando tudo um pouquinho mais leve”. Além disso, Paulo lembra que, em meio às adversidades da vida, "rir é um ato de resistência”.


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