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04/08/2021 às 21h36min - Atualizada em 04/08/2021 às 21h21min

Alison e Álvaro falham no ataque e são eliminados da Olímpiadas

Alisson pede mais investimento na categoria após pior participação do Brasil no vôlei de praia

João Vitor Figueiredo - labdicasjornalismo.com
Alison foi pouco eficiente no ataque na partida contra a Letônia. (Foto: Getty Images)

Última dupla brasileira restante no vôlei de praia, Alison e Álvaro Filho foram derrotados por Martin Plavins e Edgar Tocs, da Letônia, por dois sets a zero, e estão eliminados da Olimpíadas. Com as parciais de 21/16 e 21/19,  os dois se despedem da competição de forma precoce na fase quartas de final. O excesso de erros, principalmente no ataque, foi o principal fator que motivou a derrota do bi-medalhista olímpico e a do estreante em Olimpiadas.

 

A eliminação de Alison e Alvaro encerra a participação do Brasil na modalidade, visto que as outras três duplas também já tinham ficado pelo caminho. O resultado ruim em Tóquio quebrou o retrospecto favorável do país no vôlei de praia. Desde da Olimpíada de Atenas, em 96, quando a modalidade entrou no programa olímpico, foram 13 medalhas conquistadas, e em todas as edições pelo menos duas duplas brasileiras alcançaram o pódio.

 

O JOGO

 

O Início de partida gerou logo boas expectativas. Alison encaixou dois bloqueios e o Brasil abriu de cara 3-1. Depois, as duas equipes conseguiram ser efetivas no ataque e alternaram bolas no chão. Quando estava 6-5, Álvaro errou recepção no saque e o placar ficou em igualdade.  Após a parada técnica e alguns pontos trocados,  Alison apareceu para bloquear de novo e deixou o Brasil na frente com 11-9. Na jogada seguinte, Álvaro atacou para fora e desperdiçou contra-ataque que poderia ampliar a diferença. E essa jogada foi crucial para o restante do set.

 

A dupla da Letônia passou na frente do placar com 13-12 após dois ataques de Alison para fora. Depois do tempo técnico, o gigante acertou a rede e a diferença foi para 14-12. Na jogada seguinte, conseguiu botar bola no chão. Porém com dois novos erros da dupla brasileira e a efetividade do ataque dos letões, o placar foi a  17-13. Após bolas trocadas, a Letônia chegou ao set point com 20 - 16, e  outro erro de Alison determinou que Plavins e Tocs fizessem 1 / 0 na partida.
 

 

No primeiro set, erros foram cruciais para a derrota da dupla brasileira. (Foto: Gaspar Nóbrega / COB)

No segundo set, os brasileiros sabiam
que precisavam reduzir os erros para buscar a virada. O início do segundo set foi de equilíbrio até o  4-4, quando a dupla da  Letônia foi mais eficiente e abriu 6-4. A dupla do Brasil conseguiu igualar o placar em 7-7, após bola fora da dupla adversária. Os letões fizeram 10-8 após bloqueio em cima de Alison,que não estava bem nos ataques desde o primeiro set. Em novo erro do mamute, a diferença chegou a 12-9.

 

A dupla brasileira, desanimada e pouco conectada entre si , manteve os erros que os aproximavam da derrota. O placar chegou a 14 - 10 favorável aos letões, que se mantinham muito efetivos na partida. Após parada de tempo, o Brasil conseguiu diminuir para 14-12 em dois ataques de Álvaro. Porém,  Alison mandou saque para fora e depois de um novo erro de ataque, a diferença voltou para quatro pontos. 

 

Na reta final do set, a dupla brasileira mostrou reação, fez quatro pontos seguidos e diminuiu o placar para 17 - 16. Mas quando parecia um clima de virada, a dupla da Letônia tratou de aplicar um banho de água fria. Chegaram ao set point com 20 - 17. Alison até conseguiu dois bloqueios que deram sobrevida no set, mas no ataque seguinte da Letônia houve um desvio na ponta do dedo do mamute, o que definiu o set em 21 - 19 e vitória dos letões por 2 / 0.

 

"TEM QUE INVESTIR MAIS", COMENTOU ALISON.

 

Frustrado por não poder disputar o bicampeonato olímpico e pela atuação abaixo na partida, o gigante Alisson disse, em entrevista ao Sportv, que o Brasil está atrasado e necessita de investimentos na modalidade para continuar as disputas em bom nível.

 

“Às vezes as pessoas em casa vão ver dois times da Lituânia na semifinal, feminino e masculino, vão achar que é surpresa ou coisa de outro mundo, mas não é. A verdade é que o mundo está investindo no vôlei de praia e nós estamos ficando parados. Isso não é um desabafo. Tem que melhorar, tem que investir mais; a confederação tem que investir mais e olhar com bons olhos", frisou o bi-medalhista olimpico, que preferiu despistar sobre possível aposentadoria de seleção brasileira de vôlei de praia.



 

 

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