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05/08/2021 às 15h12min - Atualizada em 05/08/2021 às 02h52min

Pedro Barros é vice-campeão olímpico no skate park

Essa foi a terceira conquista do Brasil nos Jogos Olímpicos nessa modalidade

Ianna Mendonça - labdicasjornalismo.com
Pedro Barros pela sua última performance na final. Foto: Ezra Shaw
O maior nome do skate park no Brasil mostrou porque é seis vezes campeão do mundo e está na quarta colocação no ranking mundial. Com 84.14, Pedro Barros conquistou, nesta quinta-feira (5), a medalha de prata na estreia da modalidade nas Olimpíadas. Os outros dois brasileiros que competiram na final – Luiz Francisco e Pedro Quintas – ficaram, respectivamente, no quinto (83.14) e oitavo lugar (38.47). O australiano Keegan Palmer garantiu o ouro (95.83) e o norte-americano Cory Juneau o bronze (84.13).

Na fase classificatória, Luizinho foi o melhor colocado e seus parceiros Quintas e Barros passaram em terceiro e quarto. Assim, o sonho com uma dobradinha e até mesmo um pódio totalmente verde-amarelo não era tão improvável. Contudo, os resultados não se repetiram na final.

Juneau começou a decisão e conseguiu uma boa nota na primeira volta, com 82.25. Porém, Palmer fez uma apresentação impecável e teve, logo de cara, 94.04, o que aumentou a pressão e a exigência para os adversários. O catarinense Barros veio em seguida e garantiu o segundo lugar com 86.14. Quintas caiu no início, ao tentar um flip, e ficou apenas com 4.35. Último a se apresentar, Francisco também fez uma ótima volta e recebeu 80.24.

O norte-americano ainda conseguiu aumentar sua nota na segunda volta e, com 84.13, garantiu o terceiro lugar. O australiano arriscou e caiu após a primeira tentativa, mas fez uma terceira volta com uma altura e controle fantástico e, com incríveis 95.83, se manteve no topo. Pedro Barros teve que ir para o tudo ou nada nas últimas voltas, mas caiu no final da segunda e na metade da terceira e não elevou sua pontuação. Já Pedro Quintas sofreu mais duas quedas e não se aproximou do pódio. Na última chance de garantir uma medalha, Luiz, depois de ter melhorado sua nota na segunda volta, apostou em manobras mais complexas, mas não foi o suficiente para garantir um lugar entre os três melhores.

Emocionado após a final, o catarinense falou, em entrevista ao SporTV 2, que lutou por isso a vida inteira. “Essa história do park, nas olimpíadas, minha história, é só um exemplo para o povo brasileiro, que está na nossa mão. Podemos fazer do nosso país um lugar melhor através do amor e do respeito. A gente pode cair várias vezes no chão, mas a missão é ver um amanhã melhor”.

Na primeira edição em que o skate faz parte dos Jogos Olímpicos, o Brasil teve uma estreia histórica. Atrás apenas do Japão, com cinco, o país colocou três atletas no pódio. Além de Barros, Kevin Hoefler e Rayssa Leal, participante brasileira mais nova a competir e ser medalhista nas Olimpíadas, já tinham conquistado mais duas pratas na modalidade street.

O desempenho no esporte ajudou a dar mais popularidade à categoria, principalmente entre os jovens. O Brasil chega com moral nas Olímpiadas de Paris 2024 e o povo brasileiro, que se encantou com o skate, fica na torcida para que ele seja mantido por mais edições dos Jogos Olímpicos, já que a modalidade não é permanente e ainda não foi confirmado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) se estará presente no calendário olímpico.

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