“A pintura tem preenchido a minha vida. Perdi três crianças e uma série de coisas que poderiam ter preenchido esta vida miserável. A pintura substituiu tudo. Eu acho que não há nada melhor do que o meu trabalho.”
25 anos repletos de traições e divórcio, essa foi a duração do verdadeiro amor da vida de Magdalena Carmen Frida Kahlo Calderón.
Diego Rivera pintava o mural “A criação – 1922” no anfiteatro da Escola Nacional Preparatória onde Frida estudava. Durante todo o tempo que estiveram juntos, precisaram lidar com inúmeras adversidades, sendo uma delas a diferença de idade e estética que foram fatores primordiais para que sua mãe fosse relutante ao casamento.
21 de agosto de 1929, o início de uma história de amor ardente, o sonho tornando-se real para uma mulher, 22 anos, e seu grande amor, 43 anos. Um dia que tinha tudo para ser o estopim de uma vida bela que viria pela frente, mas, contrariando as expectativas, o episódio desumano naquele momento dava uma amostra de que aquela história poderia ser conturbada.
Lupe Marín, ex-mulher de Diego, em um ato decide por levantar a saia de Frida e deixar suas pernas à mostra, ali, naquele instante, todos estavam olhando para as sequelas deixadas pela poliomielite, uma perna mais magra que a outra seguida de “Olhe para esses dois pauzinhos. É o que Diego tem em vez de pernas”, gritou bem alto.
O primeiro escândalo envolvendo traição e divórcio se deu pelo protagonismo entre Diego e sua cunhada, Cristina, que foi retratada nua em uma das obras de arte do amante.
Um ano após o divórcio oficial, Frida Kahlo e Diego Rivera casaram-se novamente, as inúmeras traições continuaram de ambas as partes. O período em que estiveram juntos foi de muitas batalhas e sofrimento, mas, sem dúvida alguma foi também de muito amor e muita paixão de um pelo outro.
“Tarde demais percebi que a parte mais maravilhosa da minha vida tinha sido meu amor por Frida, embora realmente não pudesse dizer que, se tivesse outra oportunidade, eu me comportaria com ela de maneira diferente. Todo homem é um produto da atmosfera social em que cresce e eu sou quem sou. Não tive nunca moral alguma e vivi apenas para o prazer, onde quer que o encontrasse […] se amava uma mulher, quanto mais a amava, mais desejava magoá-la. Frida foi apenas a vítima mais óbvia desta desagradável característica da minha personalidade.” – disse Diego em entrevista à Gladys March.
"Assim como os autorretratos confirmavam sua existência, as roupas faziam com que a mulher frágil, quase sempre presa à cama, se sentisse mais magnética, mais visível e mais enfaticamente presente como objeto físico no espaço. Paradoxalmente, eram uma máscara e uma moldura. Uma vez que definiam a identidade de quem as usava em termos de aparência, as roupas distraiam Frida — e o observador — da dor interior", escreveu Herrera em Frida - a biografia.