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26/08/2021 às 20h28min - Atualizada em 26/08/2021 às 17h13min

Streaming dominando os cinemas: uma nova era

Os cinemas estão perdendo espaço para os streamings de filmes e séries, que estão investindo cada vez mais nessa área

Thamires Trindade - revisado por Jonathan Rosa
Plataformas de streamings vem crescendo e abrindo o leque de escolhas dos assinantes (Foto: Shutterstock)

A Netflix é a maior plataforma de streaming para filmes e séries, mas por conta da  pandemia de covid-19 que se iniciou em 2020, outras plataformas começaram a crescer e investir na área também. A Disney Plus e o HBO Max são exemplos de plataformas que foram lançadas recentemente e já estão conquistando o espaço.

Dados do Canal Tech mostram que a Disney Plus triplicou o seu número de assinantes em cerca de um ano. A plataforma tinha 26,5 milhões de usuários em dezembro de 2019 e subiu para 94,6 milhões em janeiro de 2021. No Brasil a estreia ocorreu em novembro de 2020 e contou com filmes, séries, animações do estúdio e produções de grandes franquias como Marvel, Star Wars e Pixar. O valor da assinatura mensal é de R$27,90.

O HBO Max também chegou no mercado para competir, ele tem conteúdos das emissoras HBO, TNT e CW. além de animações de canais como: Cartoon Network, Rooster Teeth e todo o catálogo da Warner Bros., segundo o site Omelete. Produções de grandes sucessos da indústria cinematográfica estão presentes no streaming, Gossip Girl, Game of Thrones, Friends e Harry Potter são alguns desses produtos. O HBO está disponível para celulares, computadores, TV e consoles de videogames.

Um infográfico da Visual Capitalist aponta quais são as maiores plataformas que dominam o mercado hoje e a quantidade de assinantes que cada uma tem. A Netflix e a Amazon Prime permanecem nos primeiros lugares e a Tencent Video, streaming da China, está na 3ª posição. Confira abaixo:

Com esse domínio dos streamings, o cinema acabou sendo prejudicado. De acordo com a Revista Vogue, a crise na indústria cinematográfica levou a uma perda de 7 bilhões de dólares em bilheterias, no primeiro ano de pandemia. A Disney, por exemplo, decidiu lançar filmes nos cinemas e na plataforma simultaneamente, com o objetivo de evitar prejuízos. Cruella e Viúva Negra foram lançados dessa forma e para ter acesso aos filmes no Disney Plus, os assinantes deveriam pagar uma taxa a mais, como forma de ter um lucro semelhante ao do cinema.

O filme brasileiro A menina que matou os pais, protagonizado pela atriz Carla Diaz, que conta a história do crime cometido por Suzane von Richthofen, teve a sua estreia adiada desde que a quarentena começou no Brasil. Agora, o longa será lançado diretamente no Prime Vídeo, da Amazon, sem sequer passar pelas salas de cinema.

Bob Chapek, CEO da Disney, afirmou que: "Acredito muito no valor da experiência cinematográfica em geral para grandes filmes de sucesso, mas talvez seja necessário reavaliar as estratégias de lançamentos de filmes".

A Revista Época apontou que a Universal Pictures fez um acordo com a AMC, para reduzir o tempo de exclusividade de filmes no cinema de 90 dias, que era o comum, para apenas 17. Além disso, a Warner também fará lançamentos simultâneos nas plataformas digitais e nos cinemas.

Enquanto o cenário de pandemia não acaba, o cinema terá que se readaptar e se reinventar a uma nova realidade de mundo online e digital, que vem dominando cada vez mais o mundo.


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