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10/10/2021 às 18h15min - Atualizada em 10/10/2021 às 18h06min

Elevação da Inflação no Brasil

Especialistas estão confiantes para 2022

Pedro Lima - Editado por Maria Paula Ramos

(Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)
A expectativa do mercado para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) segue crescendo, tendo uma variação de 8,45% na semana passada, para 8,51% que foi divulgado na segunda-feira (4). No último mês, esse número era de 7,58%, conforme o relatório disponibilizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A projeção para 2022, que há um mês era de 3,98%, e já estava acima do esperado, com 4,12%, está previsto para 4,14%.

A pandemia é um fator determinante para chegarmos a esse resultado, que tende a melhorar com o avanço da taxa populacional vacinada, gerando assim, um aquecimento na produção industrial, fazendo que a razão entre dinheiro e produção volte ao padrão normal. 
“A inflação aumenta porque a proporção entre dinheiro e produção está cada vez maior” justifica o economista Ygor Eduardo.
 
“Com a volta da produção, vem também um aumento no número de empregos e investimentos pelo Brasil” complementa o especialista.
Segundo o IBGE, 4 em cada 10 empresas fecharam as portas durante a pandemia, e novamente, o fator de flexibilização de restrições é um dos motivos que tendem a animar o comerciante. É uma reação em cadeia: empresas contratam, gerando renda para o mercado consumidor, onde por consequência, ocorre a baixa dos preços.

Cesta básica
É comum vermos os números, mas não entendermos o que está sendo dito, por isso, para que possamos compreender e aplicar no dia a dia, a inflação é responsável por aumentar o preço dos produtos e dos serviços. Com isso, o consumidor médio perde parte do seu poder aquisitivo. A cesta básica, que considera itens essenciais para sobrevivência teve alta em 15 capitais.

Em Brasília, em comparação ao mesmo período do ano passado, aumentou 29,42%, atualmente custando o valor de R$582,35, a segunda maior elevação foi em Porto Alegre, com o aumento de 28,5%.

Café
O café, item básico no carrinho de compra da dona de casa, aumentou cerca de 40% no país em setembro. Isso se deu pela queda de produtividade devido às condições climáticas adversas e maior demanda do mercado exterior.

“Este ano, há uma soma de fatores como não se via desde o início da década de 1990. O dólar está extremamente alto, o que, ao mesmo tempo que eleva os custos de produção, amplia a demanda externa [ao tornar o produto brasileiro financeiramente mais atraente]. Além disso, após colhermos uma excelente safra em 2020, a produção, que este ano já seria menor, foi prejudicada pela falta de chuvas e por sucessivas geadas”, disse à Agência Brasil o diretor-executivo da Abic, Celírio Inácio.


De acordo com a Abic (Associação Brasileira de Indústria de Café), o valor da matéria-prima utilizada no plantio subiu, em média, 82%, e nas prateleiras o resultado foi aumento de 16%, valor abaixo de outros produtos presentes na cesta básica.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), em seu boletim de acompanhamento deste setor, alertou que “nos próximos meses de 2021, o retorno das chuvas em volumes satisfatórios torna-se fundamental para amenizar os danos já causados pela seca e pelas geadas e para sustentar a florada da safra a ser colhida em 2022”  

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