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10/10/2021 às 00h00min - Atualizada em 10/10/2021 às 00h01min

Jovens ativistas protagonizam discussões sobre políticas para o clima

As propostas foram submetidas aos ministros do Meio Ambiente e da Energia em Milão

Lila Sousa - Editado por Júlio Sousa
FONTE: Miguel Medina - AFP / Reprodução: Diario de Pernambuco


Jovens ativistas apresentaram propostas de gerenciamento da crise climática para a próxima Conferência do Clima da ONU. O encontro que aconteceu em Milão, a convite do governo italiano, contou com dois dias para produção do documento que continha considerações prioritárias. Alok Sharma, presidente da COP-26, assegurou que os jovens serão ouvidos.

 

O Youth4Climate, evento de preparação para conferência, ocorreu nos dias 30 de setembro e 1º de outubro. Durante o encontro, a participação de 400 ativistas de 193 países roubou a cena. Um grupo formado por jovens de idades entre 15 e 29 anos protagonizou o que pode ser o início de grandes mudanças.

 

Representando o Brasil, Eduarda Zoghbi, Paloma Costa, e Eric Marky foram selecionados através de formulário preenchido por cerca de 8.000 pessoas. Os três brasileiros trabalham ativamente em causas climáticas. Sendo Eduarda mestranda em política energética na Universidade de Columbia, nos EUA; Paloma, membro do Grupo Consultivo de Jovens sobre Mudanças Climáticas; e Eric, jornalista da Mídia Índia.



 

Greta Thunberg, que tem influenciado parte da juventude na luta pela garantia de um futuro climaticamente melhor, também esteve presente no evento. As palavras da sueca, na plenária de abertura da cúpula juvenil, tiveram grande repercussão com reflexo durante a pré-COP26.
 

“Blá, blá, blá. É só que o temos ouvido dos nossos líderes. Palavras que soam ótimas, mas que até agora não produziram nenhuma ação. Nossos sonhos e esperanças se afundam nessas palavras vazias. Claro que precisamos de diálogo, mas já são 30 anos de blá, blá, blá.”

 

Na lista apresentada ao presidente da COP-26 e o primeiro-ministro italiano, abolição da indústria de combustíveis fósseis até 2030 ganha destaque. As propostas foram estruturadas pensando em quatro áreas: ampliação da representação dos jovens em processos de decisão; recuperação sustentável da pandemia; engajamento de agentes não-governamentais; e ampliação da consciência sobre a crise climática.

 

Essa é a primeira vez que jovens têm participação ativa nas políticas climáticas. O movimento ganhou força com Greta, que em 2018 chamou atenção do mundo pela primeira vez. Ao sentar-se na frente do parlamento sueco durante os dias de aula para protestar sobre a crise climática, a sueca abriu portas para centenas de jovens.

 

O Fridays For Future inspirou pessoas ao redor do mundo a protestarem por mudanças no gerenciamento ambiental. Como reflexo das atitudes de uma garota quando tinha apenas 15 anos, líderes mundiais param para ouvir jovens de 193 países. De forma inédita, a juventude conquista espaço na luta contra a crise climática, que vem se agravando com o passar dos anos.

As propostas elaboradas serão apresentadas na COP-26, que ocorrerá do dia 30 de outubro a 12 de novembro na cidade de Glasgow, Escócia. Com a garantia de inclusão do documento na pauta da conferência, o mundo observa atento as próximas movimentações. Já que a crise climática tem exigido das autoridades medidas mais contundentes.


 


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