Muitos compartilharam as experiências sobre o filme, e o ator Simu Liu também. Em texto no instagram, ele agradeceu ao elenco, à Disney e ao diretor, Destin Daniel, pelo presente de inspirar e representar crianças asiáticas. “O Sol nasceu hoje em um mundo onde super-heróis asiáticos existem e são os protagonistas de suas próprias histórias. Este é o presente que Destin Daniel Cretton [diretor de Shang-Chi] e o Marvel Studios deram a todos nós, de qualquer comunidade que sejamos, onde quer que estejamos. É uma celebração e um compartilhamento de cultura, linguagem, riso, excitação, pesar e tristeza”, escreveu ele.
O enredo segue a história de Shang-Chi, filho do líder de uma organização criminosa poderosa, os Dez Anéis. Criado desde criança para ser um guerreiro invencível, ele foge do pai para construir uma vida normal. Anos depois ele se vê forçado a enfrentar o pai e a organização novamente para salvar o lar de sua mãe, a irmã e o mundo.
Pequenos detalhes também chamam a atenção sobre a representatividade, uma conversa normal entre as diferentes gerações de asiáticos morando nos Estados Unidos, como a de Katy, (Awkwafina) melhor amiga de Shang-Chi, que é asiática-americana e que pensa diferente da avó, distante do idioma, mas que se sente em casa no país em que nasceu, enquanto tenta encontrar o seu caminho com as próprias expectativas, da família e da sociedade.
No Twitter, o cineasta, youtuber e criador de conteúdo, Leonardo ou Leo Hwan compartilhou o que achou da obra.
Amei Shang-Chi ?
— Leo Hwan (@leoleohwan) September 1, 2021
Ótimas cenas de luta, mas claro que curti não por isso
Ameii pq rola mto ️
Amei pq rola pequenos momentos de muita identificação pra quem é descendente de asiáticos
E amei pelos grandes momentos tb: bem + do q um filme de herói, é uma historia sobre família pic.twitter.com/Gb1ebypgYh
Além dos elogios, críticas e debates emocionados, muitos compararam com o filme Pantera Negra de 2018, por conta da representatividade que ele traz sobre grupos na sociedade que são invisibilizados. Embora ambas as obras possuam sua importância, elas diferem nos temas e pautas abordados. Pantera Negra é um marco essencial para a sociedade e comunidade negra, entre alguns temas esta a exaltação às raízes, o orgulho e critica à apropriação. Já Shang-Chi fala sobre família, pertencimento e legado.
Na China, o filme foi proibido, no mesmo ano em que o Partido Comunista Chinês completa 100 anos, realizando mudanças sobre a veiculação e exibição de obras culturais e de entretenimento. Uma fala antiga do ator Simu Liu criticando o regime do país ressurgiu para dificultar a situação. Já no restante do mundo, além do cinema, a obra chega a plataforma de streaming Disney+ no dia 12 de setembro.
A representatividade e importância de dar espaço para os que foram apagados está presente em obras como Shang-Chi, Pantera Negra, em Parasita de 2019, primeiro filme de língua não inglesa a ganhar o Oscar de Melhor Filme e também na diretora e roteirista chinesa Chloe Zhao, primeira asiática a ganhar o Oscar de Melhor Direção e segunda mulher em 93 anos da premiação com Nomadland de 2020. Elas representam passos para um futuro mais inclusivo, diverso, de conhecimento e reconhecimento de histórias e narrativas.