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13/12/2021 às 21h17min - Atualizada em 13/12/2021 às 20h46min

Opinião | O filme Soul e a vida pós pandemia

lançada em tempo de pandemia, a animação ensina muito sobre valorizar as pequenas coisas da vida

Larissa Andrade - revisado por Jonathan Rosa
Cena do filme 'Soul'. (Foto: Reprodução/ Disney/ Pixar)

O texto a seguir é opinativo e não representa o pensamento do Lab Jornalismo. Contem Spoiler do filme Soul (2020).

O filme
Soul lançado em outubro de 2020, conta a história do músico Joe Gardner, que sonha em tocar em um grupo de Jazz. Assim como na maioria dos filmes criados pela Pixar, Soul traz a característica de tocar em pontos humanos e reais. 
Na trama, Joe está prestes a realizar seu sonho quando acaba sofrendo um acidente fatal, após isso seu corpo é separado de sua alma, e ele acaba indo parar em uma dimensão astral.


Uma vez nesse outro mundo, Joe conhece uma alma nunca encarnada, chamada apenas de 22, após vivenciar inúmeras reprovações, a pequena alma nunca encontrou seu verdadeiro propósito, perdendo a vontade de começar uma vida na Terra. Porém, durante a animação, Joe e 22 passam a se apoiar em suas metas, passando pela rotina e a paixão dela pela música e pelas crianças até o processo de aprendizagem dela. 22 que sempre ficou estacionada no mesmo lugar, sem saber quem realmente poderia ser, começa a entender as sutilezas e a simplicidade da vida e a perceber o quão boa ela pode ser.

Trailer de Soul (Dublado). (Reprodução: Disney Plus Brasil - You Tube)


Como resultado, o filme nos leva a uma história onde as inseguranças de 22 e o existencialismo de Joe carregam muitas semelhanças com o cotidiano fora das telas. Tendo em vista que após um ano difícil como o de 2020, a população passou a se sentir sufocada de viver em isolamento,  e consequentemente, tivemos que nos reinventar de diversas formas.

Aqui entra o existencialismo. O filme aborda grandes lições e aprendizados,que nos levam a pensar no que fizemos em vida, e se tudo valeu a pena ou se foi em vão. Segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa, houveram cerca de 616 mil mortes de covid-19 somente no Brasil, isso fez com que as pessoas passassem a refletir em como a vida é um sopro. Mas afinal, o que estamos fazendo da nossa vida, da nossa missão?

A chegada do covid-19 foi um ensinamento para a humanidade, com isso, despertamos o nosso olhar e enxergamos a vida como algo valioso. Há muito tempo parecia que não dávamos valor ao que realmente importa, em meio a sobrevivência e ao existencialismo, enfrentamos dias difíceis e turbulentos, assim como o personagem de Joe.

Atualmente, podemos ver um pouco da mudança de rotina e hábitos das pessoas, mas mesmo com tudo isso aprendemos a nos reinventar em tempos difíceis. A dificuldade não deve ser motivo para desistirmos. Joe é um exemplo perfeito disso: quando percebe que ainda dá tempo de realizar seu sonho ele corre atrás.

A insegurança durante um ano e alguns meses fez com que muitas pessoas tivessem medo, fazendo de sua casa uma prisão para se proteger de um vírus mortal, mas o que muitas pessoas devem entender é que a nossa missão deve ser maior que o nosso medo. Joe ao contrário de 22, não teve medo e mesmo achando que poderia dar errado, persistiu confiante na paixão dele pela música. Ao fim da história Joe reconhece que aproveitou sim sua vida, e que ele poderia encontrar outros caminhos dentro da música, e a 22 descobriu como é bom estar viva.


Para encerrar, te convido a viver a sua vida no simples, na rotina e nas pequenas coisas que valem tanto quanto as grandes. Seja corajoso para viver a sua missão e influenciar uma geração com a vida.


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