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23/06/2019 às 09h19min - Atualizada em 23/06/2019 às 09h19min

Denúncias de crimes virtuais aumentam 110%

Segundo dados da SaferNet, taxas teriam sido impulsionadas pelas eleições de 2018, chegando a 134 mil casos

Jonathan Fernandes
Banco de fotos gratuito / Robin Worral
Balanço anual da ONG SaferNet, voltada à área de direitos civis na internet, mostra que durante o período eleitoral, as denúncias de crimes virtuais aumentaram 110%, saltando de aproximadamente 64 mil casos em 2017, para 134 mil casos em 2018. Destes, 60 mil são de pornografia infantil que apresentaram um aumento de 80%. Os aumentos mais alarmantes são o de violência contra a mulher, 1.640%, xenofobia, 568%, e incitação à violência, 154%.

O advogado especialista em direito digital, Marcio Stival, ressalta que, além dos crimes digitais contra a honra, como os de calúnia e difamação, há mais modalidades que vêm crescendo em todo o país. “Não dá para esquecer de outros crimes que estão aumentando e se popularizando cada vez mais, como estelionato, furto de dados e falsidade ideológica. Tudo isso, geralmente, decorrente de fraude”.

Em caso de vazamento de dados, o especialista orienta. “A primeira coisa que a vítima tem que fazer, é produzir prova do ocorrido. Ou seja, tirar print, tirar foto, salvar uma mensagem, salvar um e-mail, salvar um link ou até mesmo fazer uma ata notarial no cartório, que é basicamente registrar com fé pública o que está sendo acessado ali, naquele momento. Posteriormente, com o auxílio de um advogado, de preferência especializado, se deve fazer o boletim de ocorrência, dando início à ação judicial”.

É bom prevenir...

O consultor de TI, Demian dos Santos, revela que as principais falhas das pessoas quanto a sua segurança no meio digital são a divulgação de informações pessoais, uso de senhas fracas e repetidas, uso de redes públicas de Wi-Fi e, por incrível que pareça, não usar senhas fortes e bloqueio de tela nos celulares. Ele ainda aconselha. “Não se pode divulgar muito de sua vida nas redes sociais, muito menos usar uma só senha para ambas. Cada rede social tem que ter uma senha exclusiva”.
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