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30/11/2022 às 12h32min - Atualizada em 30/11/2022 às 11h44min

Reine Yassine comenta sobre a cena do skate no Líbano

Atleta há dois anos, a moradora de Beirute falou sobre o esporte no país do Oriente Médio

Lucas Nobres Durães Pires Veiga das Neves - Editado por Ynara Mattos
Foto: Markus Bengtsson
O skate é algo presente na vida de muitas pessoas atualmente. O reflexo disto foi a introdução da modalidade nas olimpíadas, fazendo a sua estreia em Tokyo 2020. Mas nem sempre foi assim. Nascido na Califórnia, EUA, nos anos 60, durante muito tempo foi visto como um esporte marginalizado, sendo até mesmo proibido de ser praticado em alguns locais. Porém, o tempo foi passando e muitos lutaram para que o esporte tivesse seu merecido reconhecimento. Hoje em dia, nomes como Tony Hawk, e até mesmo do brasileiro Bob Burnquist, não saem do imaginário de quem realmente ama esta prática. Andar de skate é visto por muitos como um ato de resistência e até mesmo mudança de vida. Isto porque muitas pessoas de fato tiveram as vidas transformadas graças ao shape carregado por dois trucks e quatro rodas. E isto vale para o mundo todo, inclusive, para o Líbano, país localizado no Oriente Médio. 
 

Ano passado, a ONG Make Life Skate Life, responsável por construir pistas de skate em diversos lugares ao redor do globo, inclusive no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, construiu a Snoubar Skatepark, em Beirute, capital libanesa. A pista possui 1100m² e foi levantada com a ajuda de 32 voluntários. O Lab Dicas conversou com a skatista Reine Yassine, residente no país, e que falou sobre a cena do skateboard na região e o impacto da pista no local.
 

"Olá. Meu nome é Reine. Vivo em Beirute, Líbano. Eu nasci aqui. Ando de skate há dois anos. O skate significa muito para mim. Ele me ajuda a enxergar a vida por outras perspectivas. Conheço muitas pessoas, de diferentes idades. Ele me ajuda demais no meu desenvolvimento pessoal. O skate vem crescendo por aqui nos últimos 3 anos. Muitas crianças vêm se tornando adeptas desde a construção de uma nova pista no ano passado. E isso é incrível".

Reine comentou sobre seus primeiros passos na modalidade: "Comecei andando quando estava com uns amigos e um deles me perguntou se eu gostaria de tentar. Eu tentei e gostei. Eles me ensinaram. E depois comecei a praticar nas ruas, na pista. Fui conhecendo outras pessoas. Daí eu participei de algumas competições locais. Um deles foi durante a inauguração da nova pista [Snoubar Skatepark], no ano passado. E participei de outra competição este ano. Tem outras competições que gostaria de tentar porém, gostaria de me sentir mais preparada".

Além da Snoubar, há outra pista, localizada em Trípoli, ao norte do país, e claro, sempre é bom andar fora das pistas e aproveitar o que a rua tem para oferecer. "Andar de skate no Centro de Beirute é incrível. No centro você encontra diversos obstáculos, escadas, corrimão. Você encontra de tudo lá. Acho que Beirute é a capital da cena do skate por aqui. Mas há uma pista em Trípoli, no norte do país. No restante do país, só tem 2 pistas oficiais de skate. Elas são bem mais velhas", declarou Reine.

Por fim, Reine falou sobre o impacto do skate em seu cotidiano: "O skate mudou muitas coisas na minha vida. Eu consigo ver uma outra vida após meu início no skateboard. Eu conheci muita gente incrível e é transformador participar da cena do skate no meu país".

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