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18/02/2023 às 10h03min - Atualizada em 18/02/2023 às 08h49min

Brasil retorna ao cenário ambiental e econômico do mundo

O país passará por um "efeito catalizador" com a entrada dos EUA no Fundo Amazônia, disse Ministra do Meio Ambiente

Jorge Gabriel Amorim - Editado por Ynara Mattos
Os Estados Unidos se tornam o novo contribuinte do Fundo Amazônia, o acordo foi anunciado durante a estada do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Sila, no país. O aporte inicial, de acordo com o G1, é de 50 milhões de dólares (R$ 270 milhões de reais). A nova parceria renderá benefícios para outros setores do Brasil, principalmente às empresas com desenvolvimento sustentável, e poderá atrair mais investidores externos para o país.
Com a retomada do Fundo Amazônia, em 2023, o Brasil retorna para as discussões ambientais e climáticas do mundo. O fundo estava paralisado desde 2019, pois, os países contribuintes (Alemanha e Noruega) alegavam que, o então presidente, Jair Bolsonaro, apresentava certo descaso com a temática. Agora, o Fundo Amazônia retoma seu diálogo como o mundo e possui novos parceiros.

Em entrevista ao jornal O Globo, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva afirmou que a colaboração entre as duas nações surtirá um “efeito catalisador”, no Brasil, ou seja, trará mais benefícios, além da questão ambiental. Leonardo Flauzino, professor de economia na Universidade Federal de Mato Grosso, diz que “Qualquer setor que estiver desenvolvendo algum projeto para a Amazônia, ligado à sustentabilidade, pode concorrer a esses recursos do fundo.”

Ainda na esteira do “efeito catalisador”, o Brasil volta a ser observado com mais
apreço pelos olhos do mundo, principalmente por países ricos. De acordo com Flauzino, o Brasil pode despertar o desejo de investimentos de fundos internacionais, como os Investidores Institucionais
bancos, seguradoras e fundos de pensão , investidores com este caráter, geralmente, possuem maior envolvimento com causas sociais e ambientais. De acordo com o professor, uma das consequências da presença destes investidores no Brasil, pode ser uma queda no valor do dólar.  

É esperada, pelo governo Brasileiro, a vinda do enviado especial do clima dos EUA, John Kerry, que trará novas propostas e contribuições para a pauta ambiental brasileira. O professor universitário aponta que uma possível proposição será a de regularização do mercado de carbono no Brasil (Crédito de carbono). De acordo com ele, a discussão está aproximadamente dez anos parada, e que a regulamentação desse setor facilitará a captação de recursos por parte governo federal, governos estaduais e empresas de pequeno e médio porte, para a realização de projetos sustentáveis. “A regulação do mercado de carbono é fundamental para facilitar o financiamento desses investimentos verdes.”

Brasil e China

Atualmente, a China é o maior parceiro econômico do Brasil, de acordo o Ministério da Economia, em 2023, as exportações brasileiras para China, Hong Kong e Macau, aumentaram em 10,6%, (U$ 5,24 bilhões). Questionado se o novo acordo entre Brasil e Estados Unidos afetaria a relação econômica entre os países
— dada a tensão entre a potência asiática e os EUA , ao que Flauzino diz “O Itamaraty, em suas relações internacionais, sempre primou pelos interesses do Brasil, e que mesmo com novos acordos com Estados Unidos, o país ainda vai manter relações sólidas com a potência asiática.” Mas, ressalta que há um comportamento institucional norte-americano de dificultar o comércio com a China.

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