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19/02/2023 às 16h43min - Atualizada em 19/02/2023 às 16h30min

Chuvas impactam a vida das pessoas em situação de rua

Saiba como o período de inverno afeta a vida dos que sofrem nas ruas na tentativa de se manterem aquecidos

Por: Thuanne Carvalho - editado por Uilson Campos
Homem em situação de rua dormindo/ Foto: Karoline Barreto/ CMBH

Segundo um levantamento publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número da população em situação de rua aumentou cerca de 38% entre 2019 e 2022 no Brasil. É um dado preocupante, que demonstra um número cada vez maior de pessoas nessas condições. A exposição à violência, convívio com animais, doenças, falta de higiene, falta de alimentação e de outros direitos básicos colaboram nas dificuldades enfrentadas no dia a dia dessas pessoas.

 

No período de chuvas esses obstáculos aumentam ainda mais, visto que essas pessoas não têm um local apropriado para se proteger. O ex morador de rua de iniciais V.C. conta como vivia nessa época e as dificuldades enfrentadas nas noites de chuvas. "Durante o inverno é aquela correria de quem mora na rua, dorme em baixo de ponte, de carro, viaduto. Morador de rua não tem lugar certo para dormir, para dormir não, para passar a noite, pois quem vive nas ruas não tem um lugar certo”, relata o ex morador de rua.

 

Nesse tempo, muitos se abrigam em prédios abandonados em situação insalubre na tentativa de se proteger do frio. O desamparo faz parte da rotina dessa população, tanto pela sociedade como pelo governo, que apesar de fazer alguns projetos não atendem a todos. Nesse sentido, projetos sociais sem fins lucrativos são criados na intenção de promover uma melhor qualidade de vida para essas pessoas.

 

O "Ide" é um projeto voluntário realizado pela igreja Quadrangular, em Teresina (PI). Segundo o Idealizador Franklin Vital,  o projeto surgiu há 5 anos no intuito de distribuir comida e cobertores nas noites de frio. "Fizemos um tacho de sopa de 20 litros e saímos procurando pessoas. Pensávamos que ia sobrar bastante sopa, mas muita gente ficou sem comer porque os 20 litros não foi suficiente. E estamos até hoje nessa missão, toda quarta-feira servindo sopa. No frio, na chuva, no feriado, nunca faltamos uma quarta-feira", afirma Franklin.

 

 

 


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