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30/10/2023 às 20h57min - Atualizada em 30/10/2023 às 20h48min

Depressão: Estudo revela que mulheres é o público mais afetado

91% dessas mulheres acham importante o cuidado e atenção à saúde mental, e apenas 76% estão buscando ajuda médica ou psicológica.

Carlos Eduardo Souza - labdicasjornalismo.com
Agência Brasil
imagem retirada de pexels
Um estudo realizado pela Agência Brasil revela que a depressão afeta, em grande parte, o público feminino. Segundo a pesquisa, as causas são as responsabilidades que muitas mulheres carregam sozinhas, quadro que se agrava quando têm filhos.
 
A pesquisa, feita com 1078 mulheres, apresenta que 38% desse público são as principais provedoras do lar. Outro dado importante apontado no estudo, é que, além de cuidar da casa e cumprir seu horário de trabalho, que muitas das vezes ocorre em dupla jornada, elas precisam enfrentar os padrões de beleza que a sociedade impõem.
 
Segundo a psicóloga Sulla Valentim, “é importante observar o comportamento da mulher que está muito sobrecarregada no dia a dia, para que, em caso de sinais da doença, ela possa ser avaliada por um profissional e iniciar o tratamento”, argumentou Valentim.
 
O estudo também descobriu que 91% dessas mulheres acham importante o cuidado e atenção à saúde mental, porém, apenas 76% estão buscando ajuda médica ou psicológica.
 
Estudada com mais profundidade por especialistas a cada ano, o cenário ficou mais acentuado após a pandemia de Covid-19 e o isolamento social, com diagnósticos de ansiedade seguidos de depressão mais frequentes na população.
 
A depressão é uma doença crônica que pode causar alterações no humor, que, segundo estudos, possue três níveis: leve, moderado e grave.
 
Os pacientes que apresentam sintomas como tristeza profunda e desânimo nas atividades que antes sentiam prazer, precisam procurar um especialista para o diagnóstico da doença.
 
Para Valentim, a doença tem causas multifatoriais que “pode ser de origem biológica, uma condição específica ou até mesmo gatilhos no ambiente familiar ou profissional, que podem levar ao desenvolvimento da depressão”, argumenta a especialista.
 
“Após a descoberta de atos incomuns, a empatia é fundamental para que um tratamento seja iniciado para não chegar na depressão”, afirma Valentim.
 
Em jovens, problemas como abuso sexual, bullying na escola e conflitos familiares mal resolvidos, podem levar ao desenvolvimento da doença, que estão recebendo diagnósticos cada vez mais cedo. Com o acesso facilitado às tecnologias nos dias atuais, a atenção sobre o assunto precisa ser mais redobrada, uma vez que eles passam a maior parte do dia conectados às redes sociais por meio do celular ou computador, suscetíveis ao bullying virtual.
 
De acordo com Valentim, pessoas com comportamentos que não são comuns àquele ambiente, devem ser observados com mais atenção, como por exemplo, o uso de casacos de frio em um dia de calor a 30 graus. “A autolesão é um recado de que algo não vai bem e precisa de mais atenção”, ressalta.
 
“É importante observar sinais como sentimentos de inutilidade ou culpa, pensamentos de suicídio, sono excessivo ou até mesmo a falta dele”, diz Valentim. Através de uma avaliação de um profissional, se o paciente apresentar os quatro sintomas descritos anteriormente, ele pode se enquadrar no diagnóstico de depressão. “A depressão bem diagnosticada tem uma resposta mais rápida e super passiva de tratamento”, complementa a especialista.
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