Imagine precisar entrar em contato com um amigo distante. Agora imagine fazer esse contato através de uma carta. Para alguns, uma chance de relembrar os momentos passados onde a comunicação era feita dessa forma. Para outros, um absurdo: comunicação por cartas? E os telefones? As mensagens no WhatsApp?
A tecnologia mudou, e muito, nossas vidas, não só na maneira de nos comunicarmos uns com os outros, mas no dia a dia mesmo, onde nossas tarefas são executadas com mais facilidade e rapidez.
Hoje temos inclusive robôs que limpam o chão de nossa casa sozinhos, sem precisarmos dedicar algumas horas executando essa tarefa, podendo realizar outras atividades enquanto aquele robô super moderno limpa nossa casa.
Tudo é feito pelos aparelhos tecnológicos. A agenda não é mais manual, a lista de compras do supermercado agora é feita no celular, as anotações são feitas em aplicativos próprios para isso, tudo para facilitar nossas vidas.
É engraçado pensar no avanço tecnológico e como ele nos afeta. Em um dia estamos comprando planners e dispensers para sabão, no outro estamos anotando nossas tarefas no bloco de anotações do celular ou em um aplicativo específico para essa finalidade e comprando um armazenador de sabão automático, onde basta aproximar a mão do aparelho e o sabão cai com a maior facilidade já vista.
Há alguns dias mesmo a tecnologia foi demasiadamente importante no meu dia, pois precisei entrar em contato com uma amiga. Bastou uma mensagem e já combinamos um encontro, com data, hora e local, tudo muito bem especificado. Nem consigo imaginar marcar um encontro como esse através de uma carta. Talvez nos encontrássemos daqui há um ou dois meses.
A questão é que todo esse avanço tecnológico foi importante para a sociedade em que hoje vivemos, acelerada, sem tempo, que necessita de aparelhos que otimizem o seu tempo e lhe garantam praticidade. Mas é importante também pensar que toda essa tecnologia que nos cerca tem gerado um problema: dependência tecnológica.
Precisamos cegamente das tecnologias e não conseguimos alcançar um equilíbrio entre o uso consciente dos aparelhos eletrônicos e a necessidade de estar conectado 24 horas. Todos precisamos da internet, pois ela nos mantém informados, cria laços, traz facilidade e conforto.
Não existe uma causa específica para o problema da dependência tecnológica. As pessoas passam horas em frente às telas por diversas razões, seja para fugir da realidade (sabemos que o espaço online é um lugar de segurança e liberdade), servir como uma válvula de escape para os problemas emocionais e claro, para procrastinarmos.
Essa dependência funciona quase como uma doença. Gera tensão, desligamento de outras coisas, distanciamento social e dificuldade de foco.
Não me interprete mal, o que aqui digo não é que esses males são causados pela tecnologia, mas sim pelo seu mau uso. Tudo o que fazemos ou consumimos, quando em excesso, não nos faz bem, e o mesmo vale para o uso desenfreado das tecnologias, essa necessidade constante de estar a todo momento conectado gera problemas graves, como esse do qual vos falo.
Saber dosar o uso das tecnologias é importante para uma vida mais saudável e equilibrada. Vivemos em um mundo que todos os dias está em constante mudança e as tecnologias vão ganhando mais e mais espaço. É difícil não acompanhar. Mas, para nos mantermos conectados, sem nos tornamos dependentes, sabendo equilibrar o uso das tecnologias com a vida real, talvez seja necessário pensar: para você, qual o limite desse uso tecnológico?
Referências:
DUARTE, Lisiane. Dependência tecnológica: impactos e consequências. Psicotér, 18 ago. 2023. Disponível em: https://psicoter.com.br/dependencia-tecnologica/. Acesso em: 09 out. 2023.