Férias e ventos fortes, combinação perfeita para colorir o céu. Soltar pipas pode ser divertido, mas certos cuidados são exigidos para que a brincadeira não se torne tragédia tanto para quem solta quanto para o restante da população. Nessa época do ano o uso das linhas cortantes como o cerol, linha chilena entre outras, além do contato com fios da rede elétrica, são preocupação constante.
Em Pernambuco, a lei 11.931/2001, proíbe em todo Estado o uso de cerol ou qualquer produto industrializado nacional, importado ou semelhante e que possa entrar em contato com fios ou linhas utilizadas para manusear pipas ou papagaios. A lei prevê ainda multa aplicada ao infrator, que se menor de idade, é transferida ao responsável.
Brincadeira perigosa
Pollyana Silva, 25, foi umas das pessoas quer por pouco não teve a vida interrompida pelo uso irresponsável do cerol. Ela relembra o fato. “Eu estava brincando com minhas amigas quando estava correndo e passei em frente ao menino, mas não tinha visto que ele estava empinando pipa. Quando senti, já foi a linha no meu pescoço. Estava saindo sangue e fui correndo para casa. Quando minha tia limpou não foi tão grave, mas eu só fazia chorar”, conta.
Nós tentamos contato com assessoria do Hospital da Restauração, em Recife, para saber os números envolvendo linhas cortantes, mas nossas ligações não foram retornadas.
CELPE alerta
A brincadeira torna-se ainda mais perigosa quando praticada próximo a fios da rede elétrica, onde o risco de choque é grande, além de provocar o rompimento de cabos e o conhecido apagão. Em nota publicada no site da CELPE (Companhia Energética de Pernambuco), a empresa adverte que em casos de pipas presas na fiação, as pessoas jamais devem tentar retirá-las. Ainda segundo a Companhia, é proibido entrar em subestações de energia para realizar o “resgate” de pipas ou papagaios. Nossa equipe entrou em contato com a empresa, mas até o fechamento desta reportagem não obtivemos retorno.
Dicas CELPE para prevenir acidentes com pipas