Maria Grazia, é a primeira mulher a se tornar diretora criativa da grife Dior. Engajada no movimento, ela é a responsável pela criação de camisetas feministas para a coleção outono/2019.
O intuito é de doar partes dos lucros das vendas dessas camisetas para o Sisterhood is Global Institute, que foi fundado por Robin Morgan, Simone de Beauvoir, em conjunto com mulheres de 80 países. O objetivo da irmandade estar empenhado em ações visionárias, mas pragmáticas, em apoio aos direitos, liberdade e poder das mulheres.
Foto/reprodução: Harpers bazaar, camisetas feministas da nova coleção, jóias e acessórios da Dior; Obra de arte: Cynthia Mailman, Deus , 1977.
Perguntada por Robin, sobre o motivo específico da criação das camisetas da irmandade, ela responde que:
“ Teve sorte ao começar a carreira na Fendi ao lado de cinco mulheres que foram as responsáveis por construir a empresa. E que percebe a importância das mulheres unidas, do poder do trabalho em equipe.”
Outro ponto citado na entrevista, foi sobre a moda alinhada a política e a cultura. O uso de espartilhos, as saias de aro ou hoopskirt, os pés de lótus - famosa tradição chinesa de amarrar os pés das mulheres jovens em amarras apertadas, a fim de modificar o formato dos pés.
Grande parte da história da moda, tinha como foco restringir as mulheres.
Foto/ reprodução: google ( saias de aros do século 17)
Para finalizar a entrevista, Maria Grazia, conta como muitas mulheres são subestimadas ao chefiar em grandes empresas, e cita a sua própria experiência na Dior.
“Criatividade não tem gênero. Quando comecei a trabalhar na moda, nunca imaginei que isso fosse possível, porque como mulher, você não acredita em si mesmo.” - Maria Grazia Chiuri
A moda é muito popular e exerce um grande lugar de fala. Por isso pode ajudar a transmitir mensagens importantes e alcançar uma nova geração.