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02/10/2019 às 16h33min - Atualizada em 02/10/2019 às 16h33min

As mulheres ganham visibilidade no futebol após o sucesso da Copa do Mundo

Medidas que favorecem o esporte já foram tomadas no Brasil

Amanda Mendes - Editado por Paulo Octávio
Cristiane comemora seu gol no jogo contra a França na Copa do Mundo de 2019. Foto: Rener Pinheiro/Mowa Press
A Copa do Mundo feminina de 2019 ficou marcada pela representatividade, empoderamento, recordes de audiência, desempenho das jogadoras, luta pela igualdade e dedicação em campo. Após o torneio, houve alguns avanços na modalidade. Nunca se falou tanto na categoria quanto em 2019. Anteriormente muitos se quer sabiam da existência do campeonato delas, mas nessa temporada foi diferente e nota-se uma mudança no olhar dos torcedores em relação a esse esporte, que vem sendo reconhecido e respeitado. A partida entre Brasil e França, válida pela oitavas de final da competição, bateu recorde de audiência da história do futebol feminino, com 59 milhões de pessoas assistindo em todo o mundo; só no Brasil foram 35 milhões, de acordo com dados publicado pelo site Veja.

Com o grande sucesso do torneio, a FIFA divulgou que haverá mudanças para o próximo mundial, uma das propostas é o aumento no valor da premiação da seleção campeã. Outra novidade seria ampliar o número das seleções participantes de 24 para 32 seleções. O Brasil é um dos candidatos para sediar a próxima Copa em 2023.

E medidas em favor ao esporte já foram tomadas.  Este ano, os 20 clubes da série A do Campeonato Brasileiro tiveram que incluir um time feminino na categoria adulta e de base em seu calendário, isso faz parte da medida de enquadramento na licenciatura dos clubes da CBF. As mudanças não ficam apenas no profissional. Também foi criada uma nova competição, o brasileirão sub-18, que é um torneio na categoria de base. 

Pesquisa mostra a diferença alarmante entre os países que dão apoio financeiro e estrutura para as categorias de base e profissional. “A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) declarou que havia 2.974 jogadoras profissionais no país. Isso é relevante porque o Brasil fica em quinto lugar no levantamento da FIFA em número de jogadoras profissionais na América do Sul, sendo que o Brasil domina os campeonatos no continente”, explica Marcel Rizzo , jornalista esportivo da UOL, ao portal As vozes do mundo.  Ainda segundo o portal, o Brasil tem 15 mil mulheres jogando futebol de forma organizada, competindo em torneios profissionais ou amadores. Já nos Estados Unidos o número é 600 vezes maior: são 9 milhões de jogadoras. Na França, a anfitriã da última edição,
também cresceu o interesse pelo futebol feminino. Até julho, o número de jogadoras registradas era de 102.761.

O EUA é um exemplo de como chegar a ser uma grande potência. E o primeiro passo foi investir nas categorias de base. O país incentiva as meninas a jogarem desde cedo nas categorias e lhe garantem estrutura. Já as brasileiras sofrem com a falta de apoio financeiro, estrutural e principalmente familiar. No país existe um preconceito enraizado na sociedade de que o futebol é um esporte para meninos, mas após a Copa do Mundo isso vem mudando um pouco.

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