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07/10/2019 às 16h58min - Atualizada em 07/10/2019 às 16h58min

Influenciadores digitais: a nova profissão do mercado de trabalho

Com a tecnologia e a força das redes sociais a geração Z aposta cada vez mais na carreira digital

Thais Dias
Instituto Qualibest, MindMiners, BR Media Group
Beatriz Rodas, foto/arquivo pessoal
Cada vez mais o mundo se torna tecnológico, as pessoas se conhecem e mantem contado via internet. As redes sociais estão em constante crescimento. Segundo a pesquisa feita pelo Instituto Qualibest, a cada 11 segundos um novo usuário entra em alguma rede social.

Com toda essa imersão nas redes sociais a publicidade mudou seu conceito e sua visão de marketing, não se investe mais em outdoors ou panfletos, os comerciais estão em todas as redes e basta apenas um clique para abrir um anúncio, compras online nunca estiveram tão em alta. 

A publicidade não vem apenas da forma explicita, como banner em facebook, aquele tweet de uma marca famosa contando sobre a nova coleção ou o famoso publipost (matéria comercial). As marcas estão investindo em uma relação de “amizade” com os potenciais compradores. 

Pessoas com grande interações e muitos seguidores em redes sociais tem sido uma das grandes estratégias do marketing para influenciar a comprar seus produtos.  


COMO ISSO FUNCIONA?

Os chamados influenciadores digitais, na maioria jovens e com uma grande quantidade de seguidores, passaram a utilizar a interação com o público para realizar uma espécie de ‘buzz’ marketing (ou marketing boca a boca) de produtos, marcas e serviços.

Jornalista por formação e hoje mentora em marketing empresarial, Thais Arnaut, explica os cuidados que as marcas devem ter antes de contratar um influencer digital para venda de seus produtos ou serviços. 

“A internet acelerou tudo. Você tem que lidar cada vez mais com uma tonelada de informações. Você tem que filtrar o que quer ver e consumir. Com seu público não é diferente, então sua marca precisa nadar conforme a corrente. Você precisa se unir ao seu nicho, os influenciadores podem ser uma grande arma nesta batalha, mas claro antes disso deve ser feito um estudo. O que a marca pretende? Qual o público que este influenciador está inserido? Tudo que a marca conseguir levantar sobre o influencers vai fazer uma grande diferença na hora de vender”, explicou ela. 

Segundo dados da MindMiners, startup de tecnologia especializada em pesquisa digital, cerca de 80% do tráfego online está ligado a algum tipo de influenciador e 92% dos consumidores acreditam mais na recomendação de produtos ou serviços quando elas são feitas por pessoas e não por marcas.

Como os influencers usam a estratégia de não deixar explícito que o conteúdo se trata de um merchandising a venda do produto acontece como uma “dica de amigo”.  “Com o poder da internet quem dita as regras são o público”, destacou Thais. 

GENTE COMO A GENTE 

O anúncio continua sendo a alma do negócio, mas agora vem como algo mais humanizado. Beatriz Rodas, uma jovem três-lagoense que apostou neste novo mercado conta quais são as estratégias que usa junto aos clientes para alcançar excelências com as vendas. “As propagandas com os artistas famosos deixavam os produtos como algo intocável. Com o novo marketing os influenciadores trazem essa ponte da marca ao cliente”, explicou ela. 

Beatriz, que é aluna do curso de jornalismo, explica como a faculdade ajuda ela a definir a melhor forma de agradar ao público que seu contratante espera: “O conteúdo que você entrega é peça chave para ser um influenciador de primeira. Ter o conhecimento das teorias da comunicação, saber como tudo se moveu para chegar aonde estamos é essencial para ser um bom profissional. Você deve ser consistente, ou seja, entregar sempre. Vender é mais que postar apenas uma foto ou fazer um storie falando que tal produto é bom. Ter engajamento com o público vai bem mais que o número de seguidores, uma das maiores características dos influenciadores digitais é a relação bem próxima com o público. Se você quer que seu público seja engajado, precisa corresponder”, concluiu ela. 

Segundo o estudo da BR Media Group, as marcas e anunciantes devem investir, nesse ano, 30% a mais nesse tipo de estratégia justamente por conta da consolidação do conteúdo nas campanhas de comunicação.

“Estar alinhado com as tendências do mercado e o que seu público alvo pretende consumir é a peça-chave para o sucesso”, finalizou Thais.
 
 
 
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