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04/04/2019 às 12h07min - Atualizada em 04/04/2019 às 12h07min

Lendas guarapuavanas: A capela do degolado

Sandra Denicievicz
Foto: Sandra Denicievicz
Conta-se que há muito tempo, lá pelas tantas do século XIX, durante a Revolução Federalista, uma cidadezinha no interior do Paraná foi palco de um assassinato que rende muita especulação e boatos até hoje nas rodas de chimarrão da comunidade.

Entre tantos monumentos de Guarapuava, um se destaca pela sua simplicidade e história. A Capela do Degolado abriga crendices populares, súplica e, dizem as línguas contadoras de causos, que nos seus arredores é possível ver uma figura vagando, vagando, vagando... um fantasma, sem cabeça.

Tudo começou em 1894 quando o Paraná foi invadido por revolucionários gaúchos, intitulados Maragatos. Os responsáveis por defenderem essas terras eram os militares de Floriano Peixoto, os pica-paus. Como se a história já não estivesse bastante complicada, existia uma figura que sonhava em separar o Sul do resto do país, o capitão Juca Tigre.

E, foram justamente dois dos seus soldados desertores que protagonizaram a história que ecoa depois de tanto tempo no imaginário guarapuavano. Os soldados se aproximaram de um sítio da cidade na esperança de conseguir comida, mas acabaram por assustar as moças que estavam por lá.

Desesperadas, e pensando que eram estupradores, gritaram até que o pai delas ouvisse e viesse salvá-las. Um deles conseguiu escapar, já o outro teve sua cabeça decapitada pela espada do pai furioso. Dizem ainda que antes de morrer, o soldado foi obrigado a cavar a própria cova no local em que hoje há a Capela do Degolado.

Onde o soldado sem cabeça foi enterrado começaram a surgir milagres, isso sem contar as pessoas que juram de pés juntos terem avistado o corpo sem cabeça vagando por lá. Depois disso, devotos construíram a Igreja do Degolado, onde todos os santos que são deixados naquelas paredes perdem a cabeça de forma misteriosa.

 
Editado por Leonardo Benedito.

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