A atuação de Joaquin Phoenix chamou a atenção dos críticos e fãs que foram aos cinemas assistir “Coringa”. Dentre vários elogios, muitos nunca ouviram falar do ator ou não chegaram a ver outras obras que tenha participado.
A verdade é que Joaquin não é uma figura nova na indústria cinematográfica e é considerado um dos melhores atores dos últimos anos. Ele é conhecido por sua grande entrega aos papéis e por se remeter a transformações para entrar no personagem.
Nascido em San Juan (Porto Rico), Phoenix não teve uma vida fácil e nem cresceu em um berço de ouro.
Em 1968, o compositor John Lee Bottom conheceu a hippie Arlyn Dunetz em quanto estava na Califórnia. Os dois começaram a namorar e em pouco tempo se casaram. Em 1970, nasceu o primeiro filho do casal, River, e dois anos depois tiveram Rain.
Nesse tempo, John e Arlyn se envolveram com uma seita religiosa chamada “Os filhos de Deus” e se mudaram junto com o grupo para San Juan em 1974, quando nasceu Joaquin e em 1976, Liberty.
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Com o passar dos anos, a família começou a passar necessidade e a entrar em conflito com os ideais da seita. Em 1978 decidiram voltar para os EUA. Mas não seria um recomeço fácil. Eles estavam desabrigados e desempregados.
Sua mãe começou a trabalhar na emissora NBC e conseguiu agentes para seus filhos. Foi assim que ingressaram profissionalmente no ramo. De todos, o que mais se destacou foi River, considerado uma revelação e um dos atores mais promissores da indústria. Infelizmente a sua carreira foi tragicamente interrompida em 1993.
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Joaquin e o irmão mais velho saíram uma noite e seguiram para a casa noturna Viper’s Room, que pertencia ao ator Johnny Depp. Já era sabido que River tinha envolvimento com drogas e naquele dia ele consumiu uma alta dose de entorpecentes e teve uma overdose. Joaquin ficou marcado pela morte do irmão e se culpou pelo ocorrido durante muito tempo.
Ele seguiu na carreira e nos anos seguintes estrelou em grandes filmes dirigidos por diretores renomados.
Em 1995, trabalhou com indicado ao Oscar Gus Van Sant em “Um sonho sem limites”. Em 2000, teve a oportunidade de interpretar o imperador romano Commodus (Cômodo) em um dos maiores filmes da história do cinema: “Gladiador”.
O longa de Ridley Scott teve 12 indicações ao Oscar e garantiu a primeira nomeação de Phoenix na categoria de “Melhor Ator Coadjuvante”.
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Em 2002 e em 2004 ele repetiu uma parceria com o diretor M. Night Shyamalan (de O Sexto Sentido): em “Sinais” e “A Vila” respectivamente.
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Durante esse período, em 2003, Joaquin dublou o personagem Kenai em “Irmão Urso”.
Em 2005 ele interpretou o cantor americano Johnny Cash em “Johnny & June”. Como escolha do próprio Cash, Phoenix entregou uma das melhores atuações da carreira e foi indicado como Melhor Ator no Globo de Ouro e no Oscar.
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Joaquin levou o Grammy por ter realmente cantado todas as músicas presentes no longa.
No ano de 2008, Joaquin surpreendeu a todos com a notícia de que iria se aposentar e focar na música. Ele passou a apresentar um comportamento estranho todas as vezes que aparecia em público
Como nessa entrevista ao apresentador David Letterman em 2009:
Um ano depois, essa estranha atitude se revelou como uma grande pegadinha que fazia parte do falso documentário “Eu Ainda Estou Aqui”. A ideia era fazer uma crítica à mídia, mas quase acabou com sua carreira.
Em 2013 ele retornou com todas as forças e estrelou “O Mestre” do diretor Paul Thomas Anderson, pelo qual foi indicado ao Oscar de Melhor Ator e ao Globo de Ouro de Melhor Ator – Drama. E acabou perdendo para o excepcional Daniel Day-Lewis, que havia incorporado completamente o presidente americano Abraham Lincoln naquele ano.
FONTE : AdoroCinema.
Ainda em 2013, Phoenix participou do drama de Spike Jonze, “Ela”. Também levou a indicação do Globo de Ouro de Melhor Ator em Comédia ou Musical.
FONTE : AdoroCinema.
Trabalhou novamente com Paul Thomas Anderson em “Vício Inerente” (2015) e foi lembrado na premiação do Globo de Ouro como Melhor Ator em Comédia ou Musical.
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Dois anos depois ele ganhou o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes em 2017, por “Você Nunca Esteve Realmente Aqui”. No mesmo ano, ele interpretou Jesus Cristo em “Maria Madalena”.
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E finalmente, em 2019, Joaquin chegou às telas como Arthur Fleck, ou mais popularmente, o Coringa.
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Apesar dessa interpretação estar mexendo com as mentes críticas de cinema, ela não é o único grande papel do ator que construiu uma sólida carreira cheia de atuações notáveis e algumas polêmicas.
REFERÊNCIAS
SANGUINO, Juan. Os conflitos de um transgressor chamado Joaquin Phoenix. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/23/cultura/1443004824_309533.html>.Acesso em 29 de outubro de 2019.
HISTORY. Morre o promissor ator River Phoenix, aos 23 anos. Disponível em: <https://br.historyplay.tv/hoje-na-historia/morre-o-promissor-ator-river-phoenix-aos-23-anos>.Acesso em 29 de outubro de 2019.