Lab Dicas Jornalismo Publicidade 728x90
02/11/2019 às 00h00min - Atualizada em 02/11/2019 às 00h00min

Ansiedade: querida ou desprezada?

Mariana Jardim - Editado por Mário Cypriano
Crédito: https://www.vittude.com/blog/ansiedade-generalizada/amp/
Quem nunca sentiu aquele frio na barriga antes de uma prova importante? Ou quando vamos nos encontrar com alguém que gostamos? As mãos suam, o coração acelera e dá aquele frio na barriga. Todos já sentiram esse desconforto vez ou outra, mas em excesso, causa o transtorno da ansiedade.
 
A ansiedade é um problema mundial. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país em que cerca de 18,7 milhões de pessoas sofrem desse transtorno. Além disso, novos dados apontam que 86% dos brasileiros sofrem com algum transtorno mental, como a depressão. No 5º Congresso de Ciência e Tecnologia da PUC-Goiás, houve uma palestra que chamou a atenção, intitulada “Comunicação, design e inovação: conexões entre pessoas e a tecnologia”. Durante a palestra, foi apresentado o aplicativo “Querida Ansiedade”, desenvolvido pela psicóloga Camila Wolf e pela designer Ana Luiza Parente. 
 
Pensando nesses dados alarmantes, o aplicativo “Querida Ansiedade” surgiu, lançado em junho de 2016, somando hoje 1,5 milhões de downloads e 80 mil usuários. Segundo as desenvolvedoras, o objetivo é ajudar a solucionar problemas de ansiedade. Ele oferta ferramentas para os usuários, como o “Preciso me acalmar agora” para aqueles que estão em crise, além de podcasts, vídeos, ebooks e até terapias à distância para os casos mais urgentes. O serviço oferecido não é cobrado, facilitando sua adesão. Na terapia à distância é cobrado apenas um preço simbólico.
 
Quando a ansiedade chega, não enxergar soluções para os problemas, por mais simples que sejam. Algumas atitudes podem colaborar para a solução, como a prática da resiliência, a expressão dos sentimentos e pensamentos e saber ouvir o próximo. As pessoas estão tão ocupadas com suas vidas, correndo contra o tempo, que não conseguem perceber o próximo e a si mesmo. As desenvolvedoras alertam que devemos aprender a empatia para com o outro. “Olhar quem vai sentir as dores” diz a professora Luciana Serenini, que estava mediando a conversa com as desenvolvedoras. Enquanto elas discorriam sobre o assunto, baixei o app para ver como funcionava. 

Caro leitor, confesso que as vezes fico muito ansiosa e tudo acontece no último instante. Por experiência própria, dimnua sua corrida contra o tempo. Você é mais importante! Se não estiver bem em relação a você mesmo, é pouco provável que as coisas corram bem. Deixe a ansiedade ser uma querida amiga, daquelas que viajam para outro país e dificilmente fazem uma visita.

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »