River comemora gol contra o Boca na semifinal. Foto: Pablo Stefanec/Reuters
Se o Flamengo mudou muito para tentar conquistar a América, principalmente após a chegada do técnico Jorge Jesus, o River Plate apostou na continuidade. Com a mesma base da conquista do ano passado, o time manteve o bom futebol e conseguiu chegar à final da Libertadores, a sexta decisão em sua história. Partida decisiva será neste sábado (23), às 17h (horário de Brasília), no estádio Monumental de Lima (Peru). Do time que bateu o Boca na final de 2018, apenas são Martinez Quarta, Nacho Fernandez, De la Cruz e Borré não estiveram no estádio Santiago Bernabéu.
Marcelo Gallardo não quis fazer mistério e já divulgou os 11 titulares para o jogo decisivo. Cogitou-se a possibilidade do treinador apostar em Paulo Diaz e por três zageiros, mas será equipe semelhante a que foi derrotada pelo clube boquense no jogo de volta das semifinais deste ano. O River costuma jogar com pressão alta. Defesa se adianta para recuperar, interceptar e atacar. Os meias propõem a saída de bola, que conta com velocidade de Ignacio Fernandez e Palácios. Enzo Perez, recuperado de uma lesão no ombro, estará em campo.
Gallardo, 43 anos, é um dos treinadores com mais tempo de clube e o mais vitorioso dos últimos anos na América do Sul. Em cinco anos, ele conquistou dez títulos internacionais e eliminou o Boca Juniors em cinco oportunidades. Ele está o dobro do tempo que Renato Gaúcho está no Grêmio.
E se depender do retrospecto, o torcedor pode preparar o coração, pois os milionários empataram os últimos confrontos contra os brasileiros. Este ano ficou na igualdade com Internacional e Cruzeiro. A disputa contra o clube mineiro nas oitavas de final foi decidida nos pênaltis após dois jogos em 0 x 0. Na fase de grupos, os argentinos encararam além do Colorado, o Alianza Lima e Palestino. E eliminaram no mata-mata a Raposa, Cerro Porteño e o Boca.
A final decidi o penúltimo classificado para o Mundial de Clubes. E pode ser uma oportunidade para os argentinos apagarem o vexame do ano passado, quando eles perderam para o Al Ain (Emirados Árabes Unidos), nos pênaltis. Liverpool, Esperance (Nova Caledônia), Al Saad, Monterrey já estão garantidos na competição. O campeão da Copa da Ásia, entre sai da decisão entre Urawa Red Diamonds (Japão) e Al Hilal (Arábia Saudita) , que será disputada neste domingo, também terá vaga.
Se vencer o Flamengo, o River conquistará o penta da Libertadores, o terceiro título desde 2011. Assim, o clube será o maior campeão da década. Milionários venceram o campeonato argentino em 36 vezes. Atualmente, o time está em 4º lugar, a um ponto do líder, Boca
Jogo mais marcante foi o confonto contra o Boca, no jogo de ida das semifinais. Borré fez de pênalti, aos sete do primeiro tempo, e Martin Fernández ampliou. Capaldo, sozinho, perdeu gol feito para o Boca no final. Vídeo: Canal Futebol da Galera. Imagens: Fox Sports
ESCALAÇÃO: 1 - Armani, 29 - Montiel, 28 - Quarta, 22 - Pinola e 20 - Casco; 26 - Fernandez; 24 - Perez, 15 - Palacios e 11 - De la Cruz; 19 - Borré e 7 - Suarez.
HISTÓRICO DE CONFRONTOS: Em torneio internacionais, Flamengo e River se enfrentaram em 11 jogos. Foram cinco vitórias do milionários, quatro dos brasileiros e dois empates. O último triunfo rubro-negro foi em 1993 nas quartas de final da SuperCopa da Libertadores. De lá para cá foram seis jogos, os argentinos venceram três vezes e empataram outras três.
Último jogo entre Flamengo e River foi o empate em 0 x 0 no Monumental de Nuñez, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores 2018. Imagens: Fox Sports. Canal: Brazil in Soccer
River comemora gol contra o Boca na semifinal. Foto: Pablo Stefanec/Reuters
