Anne With an E: moda, revolução e libertação

Mesmo cancelada pela Netflix, Anne With an E, não será esquecida jamais por quem a assistiu. Temas importantes para a construção da sociedade, como família, amizades, autoestima, bullying, racismo e machismo, são debatidos na série canadense, baseada no livro “Anne of Green Gables”, escrito por Lucy Maud Montgomery em 1908, apesar de se passar no início do século XX.

Esses são alguns assuntos tratados durante a trama, misturados com uma boa dose de otimismo e através do olhar da pequena Anne (Amybeth McNulty), que torna tudo mais leve. Baseada no livro “Anne of Green Gables”, escrito por Lucy Maud Montgomery em 1908.

A moda é outro fator presente no enredo, embora que discretamente, é possível perceber a pressão que havia para que as mulheres desde crianças seguissem um determinado padrão de beleza. Seja no uso de espartilhos ou nos vestidos com inúmeras camadas.



A chegada da professora Miss Stacey (Joanna Douglas) é considerada revolucionária, pois ela é a primeira a ser vista de calças, peça que até então só os homens utilizavam na região. Outro momento considerado de libertação, é quando Josie (Miranda McKeon) decide dormir sem os dolorosos ‘nós’ no cabelo para formar os cachos.



As roupas das personagens também acompanham sua evolução durante o enredo. Com o passar do tempo e o amadurecimento, é possível notar a mudança na forma como as meninas se vestem, retratando confiança e autoestima.

Não seria possível enumerar todas as vezes que a série, com muita sensibilidade, trouxe uma reflexão sobre o comportamento das pessoas diante das diferenças. Que mais séries sejam como Anne With an E, que mais histórias retratem a luta de minorias esquecidas pela sociedade, que a mídia seja um local para dar vozes à quem é silenciado todos os dias.