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24/03/2020 às 10h42min - Atualizada em 24/03/2020 às 10h42min

Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio são adiados para 2021

Abe Shinzo, primeiro-ministro japonês, confirmou o adiamento do evento após pressão de comitês nacionais

Brendo Romano - Editado por Paulo Octávio
Foto: Perawongmetha/Reuters
Devido à pandemia de Coronavírus e a incerteza sobre o avanço da doença, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Toquio foram adiados para 2021. Após pressão dos comitês nacionais, o primeiro-ministro do Japão, Abe Shinzo, comunicou nesta terça-feira (24) que solicitou ao Comitê Olímpico Internacional o adiamento da competição, programada para o mês de julho. A entidade máxima do esporte aceitou o pedido e divulgou comunicado que diz.  “Na circunstância presente, e baseados na informação providenciada pela Organização Mundial da Saúde, o presidente do COI e o primeiro-ministro do Japão concluíram que os Jogos da 32a Olímpiada em Tóquio devem ser reagendados para uma data para além de 2020, mas não depois do verão de 2021, para garantir a saúde de atletas, todos envolvidos nos Jogos e a comunidade internacional”. 

O ex-jogador de vôlei e membro do COI, Bernard Rajzman, falou sobre a difícil decisão de adiar o evento. "O prejuízo será imenso, não só aos atletas como aos organizadores, os patrocinadores, mas foi uma decisão sábia, calculada. A gente sabe que se os Jogos fossem agora em julho seria uma catástrofe", disse. E prosseguiu: "Diversas desigualdades aconteceriam, injustiças inclusive. Cada continente está num ciclo em relação ao vírus. Na Ásia já está passando. No Brasil, por exemplo, o ciclo está chegando com maior força", encerrou.

De acordo com o governador de Tóquio, Yuriko Koike, o nome oficial da competição será Tóquio 2020Ainda não se sabe se as duas próximas Olimpiadas de 2024, em Paris, e de 2028, em Los Angeles, terão alteração. 
Essa é a primeira vez desde 1944 que uma Olímpiada sofre mudança de data. Anteriormente só as duas primeiras guerras mundias paralisaram as disputas. Nem o atentado na Vila Olímpica em 1972 e o boicote americano nos jogos de Moscou, no auge da guerra fria em 1980, interferiram a competição.

JAPÃO TERÁ PREJUÍZO BILIONÁRIO SEM OLÍMPIADA 

No campo esportivo, o comitê vai analisar como ficarão as vagas. 38 esportes ainda não definiram quais seleções e atletas disputariam os Jogos.  Também  irá decidir se vai reembolsar quem comprou os ingresso ou se os tíquetes valerão para as novas datas. E, segundo o Globo Esporte, indiretamente, o adiamento das Olímpiadas pode ajudar Rafaela Silva. A judoca, suspensa por dois anos devido ao doping, poderia cumprir punição em 2020 e estar apta para disputa no ano que vem. Mas a participação dela dependerá de uma decisão da Agência Mundial de Doping.

Já no âmbito financeiro, o
 cancelamento da competição traz perdas financeiras na casa dos bilhões. O Japão contava com arrecadação de 3,1 bilhões de dólares (15,5 bilhoes de reais) com parcerias de 65 empresas e teria os jogos mais lucrativos da história. Mas o país terá que rever os contratos. Com isso, os japoneses vão deixar de obter 2,2 bilhões de dólares (11 bilhões de reas). A previsão é que o prejuízo reflita na queda de 1,4% do PIB nacional. 

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