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27/03/2020 às 14h04min - Atualizada em 27/03/2020 às 14h04min

EM MEIO À PANDEMIA DO COVID-19 EXISTE COMÉRCIO ILEGAL DE ÁLCOOL GEL FALSIFICADO

Rute Moraes - Edição: Giovane Mangueira
SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo)
(Joana Lobo)

A polícia civil prendeu na última sexta-feira, 20, seis homens durante uma operação para combater a venda de álcool gel possivelmente adulterados. Mais de 200 tubos de frascos da substância foram confiscados, produto este que mais tarde seria comercializado por vendedores ambulantes em São Paulo.

Uma equipe da Delegacia Seccional, no centro da cidade, investigava a comercialização de produtos irregulares, quando detectou pontos de vendas ilegais que faziam menção da promessa de prevenção do Covid-19, desse modo rapidamente a polícia realizou a apreensão das mercadorias. De acordo com o delegado Roberto Monteiro, os produtos estavam sendo vendidos sem nenhuma certificação ou prova de origem. Temos notícias de pessoas misturando álcool comum com gel de cabelo, para fazer o falso álcool em gel”, explicou.

Segundo o especialista em processo penal, Lincon Prudente Rocha, este tipo de crime encontra previsão legal no artigo 273, do Código Penal, com pena elevada e é considerado crime hediondo, tendo em vista que essa conduta coloca em risco à saúde pública. Importante ressaltar que, os produtos traziam em seus rótulos a ilusão de imunidade contra o Coronavírus, o que agrava mais ainda a situação dos acusados. “Quem comete esse tipo de conduta, além de responder pelo artigo 273, poderá também ser denunciado pelo crime previsto no artigo 7 inciso II, da Lei 8.137/90, visto que, esta Lei se trata de crimes cometidos nas relações de consumo” declarou o especialista.

Para a dermatologista, Lana Luiza da Cruz, o uso do álcool gel adulterado preocupa tanto por não cumprir o papel antisséptico do álcool 70, como também por não se saber a composição química do produto. “Os riscos de alergia na pele são ainda maiores, podendo causar dermatite tanto no local da aplicação, como na face, visto que, é um hábito comum levarmos as mãos para essa região”, conta a Lana Luiza.

Os itens foram confiscados e encaminhados ao Instituto de Criminalística (IC), para a perícia que comprovará a adulteração das substâncias. O grupo foi preso em flagrante e responderá por falsificar ou adulterar produtos medicinais/terapêuticos, e permanecerão presos. 

 

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