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01/05/2020 às 19h09min - Atualizada em 01/05/2020 às 19h09min

MÚSICA - uma arte diária

60% da população brasileira afirma que a música é indispensável

Guilherme Balbino
Divulgação Greenmei
  No decorrer dos anos, a música vem se expandindo constantemente, com a criação de instrumentos musicais, muitas pessoas descobriram o talento de cantar e atrair a atenção das pessoas, provocando nelas uma sensação que nunca sentiram, e assim continuaram, com bandas, orquestras e corais. Segundo Associação Brasileira de Músicas e Artes (ABRAMUS) em uma pesquisa realizada pela Opinion Box, 80% das pessoas ouvem músicas todos os dias, dentre elas, 26% escutam o dia todo e 29% poucas vezes no dia.  Muitas pessoas ouvem músicas em diversas situações, 71% arrumando a casa, aproveitando melhor o tempo e tornando a atividade menos estressante, 48% seguem esta lógica semelhante quando estão presos no trânsito, 43% enquanto tomam banho. Dentre os que 60% o afirmaram não viver sem música, 72% alegam escutar um hit repetidamente. Muitos métodos musicais, definem a música como uma arte de manifestar diversos efeitos na alma, mediante ao som. Ela provoca tanto alegria, como tristeza, conforto, agonia, e assim por diante conforme cada ouvinte sentir. Além de ser usado como modo terapêutico para alguns grupos de pessoas.  Muitos indivíduos se beneficiaram e construíram uma vida profissional a partir disso, se descobrindo como cantores, músicos e musicoterapeutas. Ninguém deixa de ouvir uma música que gosta durante o dia, desde como toque do despertador, para começar a manhã alegre, até na hora de dormir. E com o avanço da tecnologia, aqueles que possuem celulares escutam em qualquer lugar, a começar no ônibus, trem ou andando pelas ruas, e encontram-se a maioria com seus fones de ouvidos.
 
  A musicoterapia é uma das profissões que envolvem a música que poucos conhecem. Ela está no nosso país há mais de 50 anos e é conhecida pela ciência que trabalha a música e seus elementos para realizar um tratamento no individuo ou em um grupo. Um profissional da musicoterapia graduado na área, trata de diversas situações como na saúde, parte física, mental, questões social e escolares, conforme a demanda exigir, para qualquer idade. Tânya Cardoso, graduada em psicologia, pós-graduada em musicoterapia e trabalha na área há 3 anos. Ela explica que se a música for utilizada para certos tratamentos ou alívios sem a orientação de um profissional, dependendo do caso, pode ser prejudicial. “É como a atividade física, se você praticar sem um orientador físico, está colocando seu corpo a certos riscos, podendo causar alguma lesão corporal, para umas pessoas podem dar certo e para outras não” diz Tanya. Ela também complementa que escutar músicas ao mesmo tempo que olha uma determinada imagem, pode levar muitas pessoas a procurarem auxilio. “Há muitas músicas no YouTube para relaxamento, que produz algumas imagens mentais e efeitos físicos, e até tentam imitar efeitos de substâncias psicoativas (drogas) e essa audição musical pode levar algumas situações complexas subjetivamente e que precisem de um auxílio, que deveria ser acompanhada, para alguns causam efeitos ruim e outros bons, varia de pessoa para pessoa” relata a musicoterapeuta.
 
  Segundo Tânya, se o indivíduo escutar a música sozinho, não é musicoterapia e sim atividade musical e ela aproveita para dizer que nesses dias de quarentena é hora da pessoa voltar a tocar um instrumento musical que está parado ou começar a aprender, ou até mesmo cantar. Mas, para aqueles que sentem a necessidade de um tratamento, nesses casos recomenda-se um serviço de musicoterapia para tratar do algum problema que ela acredita que a música possa ajudar.  Ela relata também que para as pessoas que perderam familiares pela pandemia, ou tenham que trabalhar nessa época e até mesmo para os profissionais da saúde que estão na linha de frente, alguns musicoterapeutas estão disponibilizando sessões ou tratamento de algumas semanas gratuitamente.
 
  Jéssica Fernandes, de 19 anos, conta que todos os dias quando está atarefada em casa aproveita para colocar o fone de ouvido e escutar suas músicas dos anos 80 a 2000. “Ouço para limpar a casa e passar o tempo, gosto principalmente porque me dão ânimo, além disso, o mundo está triste, ouvi-las ajuda e muito”, explica Jéssica.
 Já a estudante de direito, Vitória Ferraz, costuma ouvir diariamente variados estilos entre Pop, Funk, sertanejo e pagode. Ela relata que tudo com música é diferente, fica mais animado, o clima fica mais leve. “Se eu deixar de escutar, o dia não é o mesmo, não tem o mesmo ânimo de sempre, elas me dão energia!”, relata.
 
  Moisés Moreno é estudante de Educação Física e começou a montar alguns materiais para musculação em sua casa, ele estuda em outra cidade e está na academia constantemente. Sempre que volta para casa, para não perder o ritmo, se exercita com as ferramentas que adquiriu. E nessa quarentena não está sendo diferente, além de estar auxiliando algumas crianças vizinhas.  Todos os dias eles treinam com o som alto, segundo Moisés, a escolha da música é feita democraticamente. “Cada um tem seu celular e todos tem o direito de escolher sua música para ouvir durante o treino”. Ele relata também que as músicas variam de samba até eletrônica, que são mais tocadas nas academias. “Já estou acostumado no momento do treino a estar com o som alto ou senão estou sempre de fone e se não tiver a música eu sinto falta. Ela deixa o ambiente mais alegre, mais descontraído e divertido, fica propício para a realização das atividades físicas. Acho uma combinação interessante entre a música e a atividade física”, explica Moisés.
 
  Moisés diz que a vivenciou a pela primeira vez um treino sem música.  “Foi quando houve um problema na caixa de música, onde eles tiveram que a partir daquele momento continuar o treino sem o som, na qual não houve o mesmo resultado do que se tivesse tudo normal. “Foi diferente, não desanimamos, mas foi diferente, ficou nítido que todos sentiram falta da música”, disserta.  Os vizinhos que treinam com ele são novos na prática e com isso Moisés concorda que, mesmo que a música que estiver tocando não os agrade, serve para impactar e estimular o treinamento. Marian Acácia e Patrícia Miguel, respectivamente a irmã e a namorada de Moisés, treinam juntas e relatam que a música é motivadora na hora da atividade, estimula a treinar ainda mais, além de condicionar a cadência do exercício com a cadência e ritmo da música.
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